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    POLÍTICA
    PMDB forma “superbloco” na Câmara e deixa PT de fora

     Em um movimento para mostrar força frente ao PT, caciques do PMDB anunciaram nesta terça-feira (16) a formação de um “superbloco” para “ajudar” o governo de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Segundo o líder do partido na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), que articulou a iniciativa, o grupo reunirá 202 deputados na próxima legislatura. Além do PMDB, deve agregar PR, PP, PTB e PSC e algum outro partido nanico ainda não revelado.

    A formação do bloco foi decidida em uma reunião surpresa, realizada no início da tarde de hoje. O PT, que disputa com o PMDB a presidência da Câmara nos primeiros dois anos do governo, ficou de fora. Sequer foi avisado.

    Questionado se a iniciativa demonstrava uma “ofensiva” do PMDB para medir forças, Alves negou intenção de “conflito”.

    – A nossa ofensiva é ajudar o governo Dilma, dentro e fora dele. Não esperem nenhuma atitude de confronto ou de conflito.

    Ele admitiu que a formação do bloco pode também influenciar na composição do governo.

    – Queremos participar, queremos colaborar.

    Questionado sobre a exclusão do PT nas negociações, o líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), disse que o partido de Dilma ainda “poderá” compor o grupo e será convidado. Não explicou o motivo de não ser chamado, já que é o principal aliado do PMDB neste e no próximo governo.

    Questionados, os dois deputados reiteraram que o objetivo é facilitar a aprovação de projetos para a gestão de Dilma. Também evitaram dizer se a iniciativa tem como objetivo fazer pressão para controlar a Câmara no primeiro biênio da nova legislatura.

    Desde a eleição, PT e PMDB “negociam” qual dos dois ficará no comando. Petistas argumentam que, além de ter a maior bancada no ano vem na Câmara (88 deputados, contra 79 do PMDB), o aliado deverá permanecer com o controle do Senado. Questionado sobre o tema, Henrique, candidatíssimo ao cargo, desconversou.

    – [A presidência do] Senado nunca esteve em discussão.

    A formação do bloco, porém, divide o quadro de apoio esperado para a nova presidente. Nas eleições, os partidos coligados ao PT elegeram 311 dos 513 deputados. Se forem somados partidos menores que hoje votam com a base aliada, a petista poderia contar com o apoio de até 411 deputados, quase 80% da Casa. Informações do R7.

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