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    Três das cinco vias urbanas do DF com mais mortes têm ocorrências zeradas

    Ações educativas, de engenharia e de fiscalização proporcionam mais segurança e fluidez em todo o DF e ajudam a zerar mortes na W3 Norte, Elmo Serejo e Avenida Alagados
    Zélia Ferreira e Jaqueline Costa
     Levantamento realizado pela Gerência de Estatística do Departamento de Trânsito do Distrito Federal mostra que, nos últimos 10 anos, o número de mortes nas vias urbanas caiu pela metade, chegando a zerar as ocorrências em três das cinco vias mais perigosas – W3 Norte, Elmo Serejo e Avenida Alagados. Até maio deste ano, houve duas mortes na Hélio Prates e uma na Avenida Recanto das Emas.
    Somando-se o total de mortes nas cinco vias citadas, houve redução de 58% nas ocorrências se compararmos 2015 com 2024: saindo de 19 mortes (2015) para oito, no ano passado. Considerando todas as vias urbanas, em 2015 foram registradas 135 vítimas fatais, já em 2024 foram 71 óbitos – uma redução de 47,4%.
    “Isso é resultado de um trabalho integrado que estamos realizando nas áreas de Educação, Fiscalização e Engenharia de Trânsito. Nossas equipes estão sempre de olho nos locais de mais ocorrências e pautando suas ações de forma a prevenir novos sinistros. Nossa meta é que nenhuma vida se perca nas vias do DF e, por isso, toda redução precisa ser comemorada”, enfatiza o diretor-geral, Marcu Bellini.
    As reduções também foram bem significativas se observarmos cada uma dessas vias separadamente: na Hélio Prates, a redução foi de 50%, diminuindo de oito para quatro mortes; na W3 Norte, as ocorrências foram zeradas, registrando a redução de 100%, saindo de duas para nenhuma morte; na Elmo Serejo, as mortes foram reduzidas em 50%, caindo de duas para uma; na Avenida Alagados, a redução também foi de 50%, de quatro para duas ocorrências; e na Avenida Recanto das Emas, a redução ficou em 67%, de três para uma morte.
    Os registros de sinistros com morte nas vias urbanas têm sido monitorados pelo Departamento com vistas a subsidiar ações que promovam a redução dessas ocorrências. De 2015 até maio de 2025, as cinco vias com maior número de sinistros fatais foram: Hélio Prates (40), W3 Norte (24), Elmo Serejo (23), Avenida Alagados (21) e Avenida Recanto das Emas (18).
    Educação
    Entre as cinco vias urbanas com mais registros de mortes na década de 2015 a 2024, as avenidas Hélio Prates e Recanto das Emas foram as únicas que registraram mortes em 2025 e as equipes de educação já estão em campo reforçando os cuidados, principalmente em relação à travessia de pedestres, Lei Seca e velocidade, que têm sido fatores muito presentes nas ocorrências fatais.
    As ações de conscientização e promoção de boas práticas para condutores, passageiros, pedestres e ciclistas têm sido intensificadas nas vias urbanas com mais registros de morte. Somente este ano, já foram realizadas sete ações na Avenida Elmo Serejo, oito ações na Avenida Hélio Prates e três na W3 Norte. Além disso, na semana passada, outros pontos de Taguatinga e Ceilândia receberam ações dos programas Pneu Seguro, Entregadores de App, Detran nos Parques, Rolê Consciente e Coletivo Responsável.
    Engenharia
    Com foco na segurança do pedestre, a Diretoria de Engenharia avalia os pontos de implantação das travessias sinalizadas sob o aspecto qualitativo e quantitativo, garantindo a instalação de faixas em locais com real necessidade e que garantam que pedestres sejam vistos pelos condutores e condutores sejam vistos pelos pedestres, reduzindo significativamente o número atropelamentos. A partir da análise de estatísticas de sinistros, houve uma ação massiva e conjunta na Avenida Independência de Planaltina, por exemplo, com redução de velocidade, criação de áreas de proteção de pedestres e vários outros ajustes que resultaram na redução a zero de sinistros. Só em 2024, foram realizadas aproximadamente 800 análises e produzidos e aprovados mais de duas centenas de novos projetos com intervenções de engenharia de tráfego em diversas vias urbanas do DF que totalizam mais de 9,5 mil quilômetros. Só em 2024 foram revitalizadas mais de quatro mil faixas de pedestres, cinco mil ondulações transversais, implantadas ou revitalizadas quatro mil placas de sinalização e realizadas 2,5 mil manutenções preventivas em cruzamentos semafóricos.
    Fiscalização
    De olho nos principais fatores de risco registrados nos sinistros ocorridos nas vias urbanas – excesso de velocidade, consumo de bebida alcoólica, uso do celular e falta de habilitação para dirigir –, a Diretoria de Policiamento e Fiscalização de Trânsito tem focado suas ações no combate a essas infrações, além da falta do uso do cinto de segurança e do desrespeito à faixa de pedestres.
    Só na Avenida Hélio Prates, por exemplo, foram registradas 2.060 infrações até maio deste ano. Entre elas, 12 condutores que não pararam na faixa de pedestres, 44 não habilitados, 52 alcoolizados, 291 por usarem o celular ao volante e 367 pelo não uso do cinto de segurança.
    Perfil das vítimas
    Entre as cinco vias urbanas com mais registros de morte, os pedestres são a maioria entre as vítimas (69), seguido de motociclistas (32), passageiros (10), ciclistas (8) e demais condutores (7). Outros dados de destaque entre os mortos são o gênero – majoritariamente masculino (79%) – e a idade – entre 40 e 59 anos (44).
    Vias Urbanas – Vítimas mortas por tipo de envolvimento – 2015 a 2025
    TIPO DE ENVOLVIMENTO
    Hélio Prates
    W3 Norte
    Elmo Serejo
    Av Alagados
    Av Recanto das Emas
    Total
    Pedestre
    24
    16
    9
    11
    9
    69
    Motociclista
    6
    6
    9
    5
    6
    32
    Passageiro
    6
    0
    1
    2
    1
    10
    Ciclista
    4
    0
    1
    3
    0
    8
    Demais condutores
    0
    2
    3
    0
    2
    7
    TOTAL
    36
    24
    23
    21
    18
    126
     
    Vias Urbanas – Vítimas mortas por ano/via – 2015 a 2025
    ANO/VIA
    Hélio Prates
    W3 Norte
    Elmo Serejo
    Avenida Alagados
    Av. Recanto das Emas
    TOTAL POR ANO
    2015
    8
    2
    2
    4
    3
    19
    2016
    1
    9
    2
    2
    3
    17
    2017
    3
    2
    2
    1
    1
    9
    2018
    5
    2
    2
    3
    0
    12
    2019
    4
    2
    1
    3
    2
    12
    2020
    2
    3
    4
    2
    1
    12
    2021
    4
    0
    5
    1
    2
    12
    2022
    4
    3
    3
    0
    2
    12
    2023
    3
    1
    1
    3
    2
    10
    2024
    4
    0
    1
    2
    1
    8
    2025
    2
    0
    0
    0
    1
    3
    Total
    40
    24
    23
    21
    18
    126

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