A aflição do deputado, neste momento, se volta para os cidadãos que organizam “pancadões” em favelas
De uma coisa, pelo menos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não pode ser acusado: de deixar dúvidas a respeito de qual lado está, no conflito entre polícia e bandido neste país. Vivem dizendo que a questão “é bem mais complicada que isso”, que as coisas “não são tão simples assim”, etc. Mas é bobagem.
A questão é essa mesma, simples assim: é polícia contra bandido, e Maia faz todos os esforços possíveis para dizer ao público em geral que está do lado dos bandidos. O disfarce para isso é sempre o mesmo – mostrar-se horrorizado com a possibilidade de que os direitos dos criminosos possam vir a ser arranhados pela ação policial.
(Como tantos outros inspetores do “bem” que frequentam a política brasileira, Maia acha que o grande problema do crime no Brasil não está nos criminosos, e sim nas forças que dão combate a eles.)
A aflição do deputado, neste momento, se volta para os cidadãos que organizam “pancadões” em favelas. Em São Paulo, dia atrás, bandidos em fuga entraram num baile desses, foram perseguidos pela polícia e o episódio acabou em tragédia, com mortos e feridos.