Presidente fez novas críticas, em série de tuítes, a quem o ataca por sugerir o enfraquecimento do isolamento social em nome da economia
RAFAELA FELICCIANO/ METRÓPOLES
Utilizou termos fortes, salientados pelo uso em caixa alta de várias palavras, como quando escreveu que “se aproveitar do medo das pessoas para fazer politicagem num momento como este é coisa de COVARDE!”. E completou: “A demagogia acelera o caos”.
– É mais fácil fazer demagogia diante de uma população assustada, do que falar a verdade. Isso custa popularidade. Não estou preocupado com isso! Aproveitar-se do medo das pessoas para fazer politicagem num momento como esse é coisa de COVARDE! A demagogia acelera o caos.
Bolsonaro não apontou nenhuma proposta para enfrentar os problemas que levantou, mas voltou a falar dos “40 milhões de trabalhadores autônomos” que “já sentem as consequências de um Brasil parado” e das empresas que, sem produzir, não terão como pagar salários. “Chega de demagogia! [Em caixa alta] Não há saúde na miséria.”
O presidente sustenta que não quer “descaso com a questão da Covid-19”, apenas busca “a dose adequada para combater esse mal sem causar um ainda maior”. E finalizou: “Se todos colaborarem, poderemos cuidar e proteger os idosos e demais grupos de risco, manter os cuidados diários de prevenção e o país funcionando”.
A tese proposta por Bolsonaro é questionada por especialistas em saúde e por muitos economistas, que defendem a necessidade de colocar os cuidados para impedir a propagação acelerada do vírus como prioridade não apenas por questões de saúde mas por pragmatismo econômico mesmo. Nessa visão, além de o sofrimento humano poder ser agravado pelo relaxamento da quarentena, a economia do país (e os empresários e trabalhadores) também custaria muito mais para se recuperar e exigiria ainda mais endividamento público.
Fonte: Metrópoles