Depois do caso de homofobia com os sargentos homossexuais Laci e Fernando em 2008, o Distrito Federal tem mais um motivo para se envergonhar: a demissão do professor de inglês Márcio Barrios, 25 anos, do Centro Interescolar de Línguas de Brazlândia por ter apresentado a música \’I Kissed a Girl\’, de Katy Perry, para turmas de alunos de 12 a 15 anos. O caso ganhou projeção nacional após reportagem exibida pelo Jornal Hoje, da Rede Globo, em que José Valente, Secretário de Educação do GDF, disse que por comportamento inadequado do professor a história “acabou do jeito que acabou”. “Não interessa a opção de ninguém. Interessa que as pessoas que estão ali com a responsabilidade de educar os nossos jovens os eduquem de acordo com a educação pedagógica da escola”. A escola, onde Barrios lecionou por dois anos, diz que ele fez apologia ao “homossexualismo [sic] e ao consumo de álcool”. “O foco da atividade era o estudo do tempo verbal que os alunos estavam vendo, e não o que a Regional de Educação está alegando”, defende-se o professor. A música conta a história de uma garota que beijou outra depois de beber. “Eu beijei uma garota só para experimentar. Espero que meu namorado não se importe”, diz a letra. “Eu beijei uma garota e gostei do gosto de cereja do batom dela”. O professor afirma que a aula era sobre verbos no tempo passado e que a música, um sucesso, seria um bom exemplo. “Todos os verbos da música estavam no passado, que era o assunto da aula na época”, argumenta Márcio. A escola orientou o professor a escolher outra musica porque o conteúdo não seria adequado para alunos de 12 a 14 anos, mas Márcio não concordou. O professor levou a letra para a sala de aula novamente e foi afastado pela direção da escola, em novembro do ano passado. A secretaria de Educação apoiou a decisão da escola, pois considerou que se tratava de uma apologia do uso de álcool e do homossexualismo. “A música reflete um comportamento inadequado e, portanto, o caso acabou assim”, disse José Valente, secretário de Educação do Distrito Federal. O contrato de Márcio, que era temporário, venceu em dezembro de 2008 e não foi renovado para o novo ano letivo. Ele diz que foi vitima de preconceito. “Eu sempre ia dar aulas com cabelo e óculos diferentes, roupas modernas. Isso causou um impacto. Nunca falaram na minha frente, mas eu percebia”, diz o professor. O secretário de Educação foi curto e grosso em sua resposta ao fato. Ok, mas não seria também imoral e desrespeitoso o fato da noiva do secretário de Educação da capital do país,José Valente, ter aparecido seminua em seu próprio casamento diante de autoridades? Que tipo de educação, bons modos e exemplo nosso secretário passou com tal atitude?Realmente, no Brasil, a Lei não vale para todos mesmo!!!