DISTRITO FEDERAL
Agnelo faz balanço dos 100 dias
Em entrevista ao Bom Dia DF (TV Globo) o governador Agnelo Queiroz (PT) classifica como dramática a situação em que encontrou o GDF quando assumiu o governo há quase 100 dias. Ele garante que grande parte de suas medidas iniciais foram no sentido de arrumar a casa. “Pegamos uma situação de caos absoluto na administração pública, uma máquina estupidamente inchada e ineficiente”, avalia.
Veja abaixo destaques da entrevista
Saúde
Uma das primeiras medidas do novo governador foi decretar estado de emergência na saúde pública e um gabinete de crise foi criado para avaliar as principais falhas no sistema. A primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do DF foi inaugurada por Agnelo em Samambaia, em fevereiro. A unidade atende entre 450 e 500 pessoas por dia e, como quase todos os hospitais da rede, sofre com a falta de médicos.
“Nós vamos progressivamente melhoras esse salários. Inclusive nesta fase inicial, estamos oferecendo uma gratificação para os médicos que trabalham na emergência, isso é um estímulo”, destaca. O governador adianta ainda que estão previstas ainda para este ano a inauguração de novas UPAs.
Transporte
Greves, filas e ônibus em condições marcaram os primeiros três meses do governo Agnelo. As paralisações dos metroviários e de servidores das cooperativas complicaram ainda mais a rotina de quem depende do transporte público.
A Rodoviária do Plano Piloto é um retrato da falta de estrutura que atinge todo o sistema de transporte público: os elevadores e escadas rolantes não funcionam, os ônibus partem já lotados e a sujeira se espalha por todo lado. Além disso, moradores de rua e usuários de drogas são freqüentes no local.
“É uma situação vergonhosa e o governo anterior não tinha sequer informações sobre o que estava acontecendo, como se vê no cadastro da Fácil. Nós estamos tomando o controle do sistema”, conta. O governador afirma que as medidas para a área não podem ser feitas em apenas três meses. “O que nós fizemos em três meses é fazer um diagnóstico para mudar a situação”, reconhece.
Segurança
Os policiais civis estão em greve há uma semana e querem 28% de reajuste salarial. Os salários da categoria são pagos pelo governo federal e o GDF pode apenas servir como mediador nas negociações. Os postos comunitários de segurança, herdado da gestão de José Roberto Arruda, não têm conseguido reduzir os índices de violência nas cidades.
“A primeira coisa para evitar a violência é colocar a polícia na rua e isso nós estamos fazendo e vamos prosseguir de forma determinada”, sobre a onda de violência que tomou conta das cidades do Entorno, Agnelo afirma que é necessário pensar em medidas junto com o governo de Goiás e também com o governo federal. “Nós estamos treinando mil policiais neste momento. Mas o mais importante agora é a questão da mobilidade, é utilizar bem o que temos agora com inteligência”, destaca.