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    Professora Heley morreu ao salvar alunos

    No dia dos professores, quero lembrar da professora Heley Abreu, que teve 90% do seu corpo queimado para salvar seus alunos em uma creche de Janaúba (MG). Jamais a esqueceremos

    Enterrada em outubro de 2017 sob forte emoção, após um cortejo formado por um ônibus escolar e uma dezena de carros na cidade de Janaúba, ao norte de Minas Gerais, a pedagoga Heley de Abreu Silva Baptista, 43 anos, era casada há 23 anos.

    Mãe de três meninas, à época uma de 15, outra de 12 e a terceira de apenas um ano e três meses, era considerada pelos colegas de trabalho e amigos mais próximos uma verdadeira guerreira. Perdeu um outro filho aos 4 anos, afogado em um trágico acidente numa piscina. Isso há 16 anos. A tragédia, dizem fontes mais próximas, a marcou muito, mas mesmo assim não a impediu de que encontrasse forças para se reerguer.

    Concursada pública, desde 2016 trabalhava como professora do Centro de Educação Municipal Gente Inocente (local onde aconteceu a tragédia que abalou o país numa quinta-feira, dia 5 de outubro, quando um vigia noturno da instituição, Damião Soares Santos, 50 anos, ateou fogo pela creche, matando 10 vítimas e deixando 41 internadas).

    De acordo com um funcionário da prefeitura da cidade, Heley vinha realizando um excelente trabalho. Uma de suas maiores bandeiras na educação era a da inclusão social e infantil. Propunha métodos, buscava gerar interação entre alunos mais tímidos e era conhecida por ser extremamente amável com cada um deles. Além de bacharel em pedagogia, se especializou em educação inclusiva.

    A professora, que trabalhava próxima a Damião, teve 90% do corpo queimado. Entrou em luta corporal contra o vigia, na tentativa de impedí-lo de incendiar å escola. Ainda foi levada com vida ao hopital, mas acabou não resistindo. Para esta semana, preparava diversas atividades relacionadas as comemorações do Dia das Crianças. No momento do incêndio, entre pipocas e doces, dizem que explicava a cada uma delas a magia do cinema.

    Pena que em nosso país, a grande mídia dê mais espaço para um ex-presidente corrupto falar asneiras do que para relembrar uma professora dedicada que morreu para salvar seus alunos.

     

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