Segundo a SeCopa, não existe possibilidade de privatização da arena
Estela Monteiro
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Depois de receber o segundo maior público acumulado do Mundial da Fifa – mais de 470 mil torcedores passaram pela a arena – o Estádio Nacional Mané Garrincha tem futuro garantido. De acordo com o secretário da Copa no DF Cláudio Monteiro, o estádio tem agenda programada até o final deste ano. Além de espetáculos musicais, o Mané receberá pelo menos seis partidas do Campeonato Brasileiro.
A ideia é de que o espaço funcione também como uma arena multiuso. “Existe um projeto que prevê o funcionamento de agências bancárias, pelo menos dois restaurantes, cerca de 40 bares, lojas de departamento, academias de ginástica”, explica o secretário. “Nós queremos que o estádio ofereça um lazer diferenciado a população, como espaço de convívio e entretenimento, além de ponto turístico. Isto já funciona em alguns países”, completa Monteiro.
Missão cumprida
Desde o Campeonato Brasileiro do ano passado, o Mané vem batendo recordes de público e de arrecadação. No Brasileirão, a arena obteve a maior média de público: mais de 360 mil torcedores assistiram as partidas sediadas ali. Na Copa do Mundo, em número de pessoas, o estádio ficou atrás apenas do Maracanã, que tem maior capacidade.
Para o secretário, o retorno do investimento de mais de um bilhão de reais – o Mané Garrincha foi o estádio mais caro da Copa – já é visível. “Brasília ganhou em desenvolvimento e economia. Isso é notável em toda a infraestrutura que a cidade recebeu para a Copa e na arrecadação que tivemos em termos financeiros, por conta do turismo”, afirma Monteiro. Estima-se que o Mundial tenha gerado dois mil empregos e movimentado cerca de 12 milhões de reais só no DF.
Gestão
O desafio agora é encontrar um modelo de gestão da administração do estádio que proporcione eficácia no funcionamento da arena. A Secretaria da Copa já estuda algumas possibilidades.
Segundo Cláudio Monteiro, a privatização não é uma delas. “Existem vários modelos de gestão que são feitos em parceria com o estado. Privatizar por privatizar não garante a eficácia da administração do estádio. O ideal é achar um modelo que ofereça qualidade e eficiência na utilização do espaço”, explica o secretário.
Os estudos devem ser concluídos até o fim deste ano e podem resultar em edital e licitação que define o modelo de administração da arena multiuso.
Fonte: Jornal de Brasília