João Cláudio Genu continuou a agir criminosamente depois do mensalão, segundo a investigação
Genu foi preso preventivamente em Brasília, quando acompanhava uma pessoa num hospital da cidade. São cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois de prisão temporária, por cinco dias – Lucas Amorim e Humberto do Amaral –, e seis de busca e apreensão. Os policiais cumprem as ordens do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro. “Um dos investigados foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro do Partido Progressista”, informa a Polícia Federal.
O ex-tesoureiro continuou a agir criminosamente depois do mensalão, segundo a PF. “Surgiram, porém, elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás, motivo pelo qual passou a ser investigado novamente na Operação Lava-Jato”, informou a corporação. “As investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.”
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A investigação apura crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa em relação a valores desviadas do esquema na Petrobrás.
Genu foi denunciado junto com Janene no mensalão. Ele foi acusado de sacar R$ 1,1 milhão em espécie de valores considerados propinas das contas da agência SMP&B, de Marcos Valério Fernandes Souza, condenado no caso e réu na Lava-Jato. Janene morreu antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal. Genu foi condenado por corrupção e lavagem, mas o primeiro crime prescreveu e, em recursos posteriores, ele foi absolvido do segundo crime.
O nome da 29ª fase, chamada de Repescagem, é uma referência ao fato de o ex-assessor de Janene já ter sido processado no mensalão e agora ser alvo da Lava Jato.