Enquanto a Câmara Legislativa do Distrito Federal evitou a todo custo a instalação da CPI da Saúde para investigar denúncias durante a pandemia, em Minas Gerais a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte faz o dever de casa em respeito ao povo e ao dinheiro público e mostra serviço e indicia o prefeito Alexandre Kakil (PSD).
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Gastos com a Covid-19 rejeitou, de forma unânime, o parecer do relator, vereador Irlan Melo (PSD). Os parlamentares emplacaram por maioria simples um parecer substitutivo de autoria da vereadora Flávia Borja (Avante).
Ao contrário do anterior, o novo relatório pede o indiciamento do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), assim como dos secretários de Planejamento, André Reis, e de Saúde, Jackson Machado. A discussão foi feita nesta quinta-feira (11) pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).
A CPI da COVID-19 pede o indiciamento de Kalil, assim como de André Reis, por improbidade administrativa e emprego irregular de verbas ou rendas públicas. O prefeito ainda é indiciado por “utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos” e “conceder empréstimo, auxílios ou subvenções sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei”. As últimas imputações são de acordo com o Decreto-lei 201/1967 em razão dos repasses de cerca de R$ 220 milhões às empresas de ônibus em compra antecipada de vales-transportes.
O povo não suporta mais políticos omissos.