O processo ainda conta com contrato de manutenção de R$ 650 mil, mas a demora na liberação fez com que a frota perdesse a primeira revisão
Os equipamentos foram comprados por meio de licitação, em outubro do ano passado, e entregues, efetivamente, em dezembro. De lá para cá, nunca deixaram a garagem.
O Metrópoles apurou que 50 unidades do modelo Tiger 800 deveriam ter como destino o Batalhão de Motopatrulhamento Tático (BMT) e as outras 62 motos seguiriam para o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran).
O processo de aquisição ainda conta com contrato de manutenção no valor de R$ 650 mil, mas a demora na liberação das motocicletas fez com que a frota perdesse a primeira revisão na autorizada.
Policiais ouvidos pela reportagem afirmaram que as motos poderiam ser usadas no policiamento de trânsito urbano e rodoviário. “Atualmente, o motopatrulhamento tático é realizado diariamente com, no máximo, uma equipe formada por quatro motocicletas.
“Caso as novas motos estivessem em operação, desde dezembro passado, quando foram entregues, essa modalidade de policiamento poderia contar com, no mínimo, 15 motocicletas por dia nas ruas do DF”, disse um dos militares, que pediu para não se identificar, temendo represálias.
Veja imagens da frota guardada:
Motos velhas
“Essas motos colocam a vida do policial militar em risco, pois a maioria está com pneus carecas, a parte elétrica comprometida (luzes e sirenes), bancos rasgados, carenagens presas com lacres plásticos e sem contrato de manutenção há tempos”, frisa um dos PMs.
Imagens registradas por militares mostram o estado das motocicletas usadas atualmente. Além dos problemas listados, até placas de identificação são sustentadas por lacres plásticos improvisados.
“Isso provoca a desmotivação dos policiais, porque muitos deles já foram capacitados para se tornarem multiplicadores nos cursos de pilotagem das novas motos que estão se deteriorando”, disse uma das fontes ouvidas pelo Metrópoles.
Fonte: Metrópoles