Em seu retorno à tribuna da Câmara dos Deputados neste ano, a deputada Jaqueline Roriz (PMN/DF) responsabilizou o GDF pela “caótica situação da administração pública no Distrito Federal, especialmente nas áreas da Segurança e da Saúde”. De posse de dois relatórios, um do Ministério da Justiça (MJ) e outro do Conselho Federal de Medicina (CFM) a parlamentar assinalou que ambos os documentos confirmam o que ela vem denunciando desde o começo do seu mandato: “a falta gestão pública, e competência por parte do atual governo do Distrito Federal”.
Jaqueline revelou que, segundo o Perfil das Instituições de Segurança Pública, elaborado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, o DF é a unidade da Federação que tem o maior efetivo de policiais em relação ao número de habitantes, mas, nem por isso, a população tem segurança para viver em paz. “A Polícia Militar do DF tem 15.510 servidores para proteger cerca de 2,5 milhões de habitantes. “O equivalente a um Policial Militar para cada 168 moradores”, observa.
Como se não bastasse tão grande aparato policial, ela aponta, “a polícia é também a mais bem equipada do País”, com 18 mil coletes à prova de bala, número maior do que o mais do que o efetivo de 15.550 PMs; e ainda 12 mil algemas. “Nossa PM também tem o melhor índice de armas de fogos em relação ao número de servidores – são 25.356 artefatos para o efetivo de 15,5 mil homens –, quase 10 mil armas a mais do que o pessoal para utilizá-las”, indigna-se, apontando outro dado: “temos, ainda, nada menos do que 5.346 policiais civis, o sétimo contingente do país”.
Indignada com a situação de insegurança e mau atendimento vivido pela população de Brasília e cidades-satélites, Jaqueline Roriz denuncia que o Distrito Federal, mesmo tendo o maior contingente policial, o melhor equipamento policial, profissionais de qualidade e excelência, convive com uma criminalidade que só aumenta e a insegurança que cresce dia a dia.
