Thales Mendes Ferreira está no comando da Sedet desde 2020. Antes de assumir a pasta, ele era superintendente do Arquivo Público.
No governo do esquerdista Rodrigo Rollemberg (PSB), Thales foi secretário-adjunto de Desenvolvimento Social, pasta na qual também trabalhou durante a gestão de José Roberto Arruda.
E agora uma nova peça foi protocolada no Ministério Público de Contas do DF reforçando a tese de direcionamento do Edital 90005/2024 da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (SEDET) de um contrato milionário que estaria sendo dirigido para uma empresa que sequer tem capacidade técnica para assinar o contrato, e que mesmo assim assinou de forma irregular.
A denúncia aponta que a exigência de prévio cadastro no Conselho do Trabalho, Emprego e Renda (CTER/DF) afastou empresas concorrentes, uma vez que o procedimento de credenciamento é inacreditavelmente demorado e sem prazos definidos.
O detalhe mais grave, no entanto, é que a empresa vencedora simplesmente não possuía o cadastro exigido no ato da assinatura do contrato, contrariando frontalmente o edital, que não aceita sequer protocolo como documento válido para habilitação técnica.
Para especialistas, a situação fere os princípios constitucionais da legalidade e da isonomia, podendo indicar direcionamento. O pedido ao MPC-DF inclui a revogação do resultado do pregão e a republicação do edital com regras mais claras e compatíveis com o objeto contratado.
A Secretaria ainda não se pronunciou publicamente. O caso segue sob análise do Ministério Público de Contas.
EXONERAÇÃO À VISTA
Segundo fontes, diante da gravidade dos fatos encaminhados ao Ministério Público de Contas, a exoneração do atual secretário da SEDET é aguardada nos próximos dias, antes que o escândalo atinja a imagem do deputado distrital Rogério Negreiros, notoriamente conhecido como padrinho político do atual ocupante da pasta, Thales Mendes Ferreira.
Pede pra sair, secretário…