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Senadores defendem equiparação salarial entre PCDF e a Polícia Federal

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Audiência reuniu lideranças para cobrar reajuste; policial civil perdeu cerca de R$ 400 mil em dez anos de defasagem

Durante audiência pública realizada nesta segunda-feira, 14/07, a Comissão de Segurança Pública do Senado Federal debateu a urgente necessidade de valorização da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por meio da retomada da equiparação histórica com a Polícia Federal (PF).

Em um dos momentos mais enfáticos da sessão, a diretora da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), que também é vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Luana de Ávila, revelou o impacto acumulado da defasagem nos últimos dez anos.

“O policial civil do DF da classe especial perdeu cerca de R$ 390 mil de 2015 a 2025 em comparação com um agente federal (sem correções). Cada policial civil. Os delegados também têm a sua importância, que foi perdida em comparação ao delegado da PF. Esse valor não irá voltar, mesmo com a recuperação da simetria, mas ele representa um capital para o humano que amarga o policial civil”, afirmou.

A estimativa das perdas salariais, seguindo a inflação ao longo desses anos, de acordo com a policial civil, se aproxima de R$ 700 mil.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) deu sequência à fala reforçando o peso dessa perda salarial e o simbolismo do descaso enfrentado pela categoria.

“Estou há 27 anos em Brasília, me considero candanga. Quando anônima, estive nas ruas com a PCDF reivindicando salários justos e valorização. Aqui temos duas situações: a PCDF e o Fundo Constitucional. E os ataques ao fundo não são brincadeira – ele é constantemente questionado e barganhado. Mas de meio milhão de reais é muito dinheiro perdido, isso é um soco no estômago. Há um rompimento vergonhoso de contrato, mas a discussão está aqui e vamos para cima”, destacou.

A reunião foi presidida pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), autor da PEC 1/2025, que propõe a correção automática do Fundo Constitucional do DF (FCDF) pela variação da receita corrente líquida da União.

“Hoje, para quem não sabe, estamos pagando um dos piores salários do Brasil para nossa segurança pública. Todos acham que o DF é quem paga melhor, mas não é. Precisamos corrigir isso com justiça e segurança jurídica”, destacou Izalci, ao pedir apoio à proposta.

O debate contou com a presença de lideranças da segurança pública do DF, como o delegado-geral adjunto da PCDF, Saulo Ribeiro Lopes; o delegado Benito Tiezzi, representando o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar; o presidente do Sinpol-DF, Enoque Venancio de Freitas; a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do DF (Sindepo-DF), delegada Cláudia Alcântara e o presidente da Feipol Centro Oeste e Norte (FEIPOL-CON), Marcus Monteiro.

Em sua fala, Enoque destacou que a falta de paridade entre as duas forças, além de desrespeitosa, enfraquece a segurança pública da capital do país.

“A desigualdade atual não é apenas injusta – é desmoralizante. Corrói a motivação, alimenta a evasão e enfraquece a segurança pública da capital do país. Recuperar a equiparação com a PF não é privilégio, é justiça com quem garante a segurança de milhões de brasileiros todos os dias”, enfatizou Freitas.

As autoridades presentes reforçaram a necessidade de celeridade na tramitação das propostas que tratam da recomposição salarial. Alertaram que o prazo para viabilizar a concessão do reajuste em 2025 está se aproximando, o que tem gerado apreensão na categoria.

Para as lideranças da segurança pública do DF, é fundamental que o Congresso avance no debate e garanta a recuperação da paridade histórica como forma de preservar a motivação dos servidores e assegurar a continuidade dos serviços prestados à população da capital federal.

*SINPOL-DF – União & Luta!*

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