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    Salas vermelhas atenderam mais de 3 mil pacientes graves em 2012

     

     

    Hospitais de Base, de Ceilândia e Guará oferecem o serviço

    Três hospitais da rede pública já possuem salas vermelhas que prestam atendimento imediato a pacientes graves com risco de morte. As salas, gerenciadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) funcionam nas emergências do Hospital de Base, e nos regionais do Guará e Ceilândia. Em 2012, as salas vermelhas do HBDF e do HRC atenderam em conjunto 3.166 casos de urgência e emergência.

    A Secretaria de Saúde definiu essa classificação de risco com o objetivo de dotar os hospitais do DF de Sala Vermelha e Amarela, com a participação do Samu. Os servidores do Samu, segundo o gerente do serviço, Rodrigo Caselli, são treinados para trabalhar com urgência e emergência. “Essa capacitação é importante para melhorar a qualidade do atendimento e reduzir o risco de morte”, ressalta.

    A sala vermelha do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) conta com quatro leitos equipados para atendimento de urgência, além de uma equipe formada por dois enfermeiros e cinco técnicos de enfermagem. No local são realizados procedimentos especiais considerados agressivos, como ressuscitação cardiopulmonar, intervenção em caso de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) entre outros.

    De julho – quando o serviço foi inaugurado – até dezembro, a sala vermelha do HRC atendeu 794 pacientes, a maioria (208) envolveram casos de traumas. Outros 111 foram de casos de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), 54 paradas cardiorrespiratórias e 43 Acidentes Vasculares Encefálicos (AVE).

    A Sala Vermelha do Centro de Trauma do HBDF, a primeira a ser instalada no DF, em abril de 2011, atendeu no ano passado 1.785 pacientes que apresentavam problemas graves de saúde. O maior número de atendimentos foi de vitimas de acidentes automobilísticos (327), seguido por atropelamentos (156) e queda de motos (139). Grande parte desses pacientes (305) veio da região do entorno e de estados mais distantes, como Bahia.

    Já a sala vermelha do Centro Neurocardiovascular, inaugurado no princípio de agosto de 2012, também no Hospital de Base, fez 587 atendimento até mês de novembro último. Foram 293 na cardiologia, 144 na clínica médica e 151 na neurologia. Não é possível estabelecer a quantidade de atendimento da sala vermelha do Hospital do Guará, pois a estatística é feita em conjunto com os demais atendimentos do pronto socorro. Entre os meses de fevereiro e novembro foram 1.279 pacientes atendidos no local.

    O Centro de Trauma do HBDF dispõe de quatro leitos para politraumatizados graves (Sala Vermelha) e seis leitos para atendimento em geral (sala Amarela) e três leitos de Unidade semi-intensiva. Todos os equipamentos seguem padrões internacionais e contam com foco cirúrgico, gasômetro, ecógrafo, respiradores, monitores e aparelho de raios-X portáteis.

    O Samu DF, que é responsável pela operação do novo centro, mantem 10 profissionais em cada equipe de plantão, um cirurgião geral, dois enfermeiros e sete técnicos em enfermagem, com a possibilidade de expansão do quadro em decorrência da necessidade. O centro funciona 24h e realiza cerca de 50 atendimentos diários.

    Como funciona – O paciente em estado grave é levado pelo Samu direto para a avaliação dos médicos do pronto socorro do hospital e segue para a área competente, de acordo com cada caso. Os casos de menor gravidade são destinados às áreas conforme o risco: amarela, verde e azul. A amarela é para pacientes estabilizados que tenham passado pela vermelha. Pacientes de cor azul ou verde são encaminhados a ambulatórios que funcionam com agenda aberta, como ocorre no Ambulatório 2 de Ceilândia, que atende em média 1,1 mil pacientes por dia.

    O secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, explica essa integração entre as unidades hospitalares e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Enquanto a equipe do Samu está na rua, fazendo um resgate de gravidade de moderada a alta, se comunica via rádio com a equipe da sala vermelha. Quando o paciente chega ao hospital, já encontrará uma equipe do próprio Samu, com tudo pronto para recebê-lo. É a primeira vez no Brasil em que o Samu deixa de fazer um atendimento apenas pré-hospitalar e passa a fazer o atendimento completo”, ressalta Barbosa.

    Celi Gomes

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