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    Para especialista, aprovação de projeto contra adultização de crianças é um avanço na legislação brasileira

     

    Lei busca fortalecer e preencher lacunas para tornar mais efetiva a proteção de direitos garantidos pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente

     

    A aprovação na Câmara do projeto que combate a adultização de crianças nas redes sociais não apenas reforça a legislação existente, mas também avança ao propor um dever de cuidado mais ativo por parte das plataformas. “As BigTechs passam a ter a obrigação de implementar mecanismos mais eficazes de moderação e fiscalização para coibir a circulação de conteúdos nocivos, sob pena de sanções severas”, avalia a advogada Marcia Ferreira, gerente do núcleo de Privacidade e Proteção de Dados da Nelson Wilians Advogados.

     

    O projeto de lei, que ainda vai passar pelo Senado, estabelece uma série de obrigações aos provedores de redes sociais para impedir que crianças e adolescentes façam uso dessas plataformas, entre elas, garantir que haja vinculação das redes sociais de crianças e adolescentes a um responsável e remover conteúdo considerado abusivo para este público.

     

    “Apesar de o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) prever exceções e a possibilidade de responsabilização civil e administrativa, embora isente provedores de conteúdo gerado por terceiros em regra, este novo projeto de lei busca fortalecer e preencher lacunas para tornar mais efetiva a proteção de direitos garantidos pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, afirma a advogada.

     

    A discussão sobre a regulação das plataformas digitais não é nova, mas ganhou contornos de urgência diante da viralização de casos como o exposto pelo youtuber e influencer Felca. “A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em seu artigo 14º, já estabelece um regime rigoroso para o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes, exigindo consentimento específico e em destaque dado por pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal e deverá ocorrer sempre para o melhor interesse do menor”, explica.

     

    De acordo com a especialista, a exploração de imagens e a exposição de menores para fins de engajamento e lucro violam diretamente esses princípios, configurando um tratamento de dados ilícito e abusivo. “A iniciativa representa um passo importante para equilibrar a liberdade de expressão com a proteção dos mais vulneráveis no ambiente digital”.

    Marcia Ferreira, gerente do núcleo de Privacidade e Proteção de Dados da Nelson Wilians Advogados
    Foto de divulgação.

    Sobre a Nelson Wilians Advogados

    Com 25 anos de atuação no mercado, a Nelson Wilians Advogados (NWADV) está presente em todas as capitais brasileiras e em cidades estratégicas do interior, totalizando 29 escritórios, além de representações na América Latina, América do Norte e Europa. Essa presença possibilita uma atuação ágil, moderna e eficaz em diversas áreas do Direito, como empresarial, trabalhista, tributário, societário, penal estratégico, imobiliário, do agronegócio e com ações relacionadas à LGPD, entre outros. Atualmente, a NWADV conta com aproximadamente 1.100 advogados contratados e cerca de 657 mil processos ativos sob sua responsabilidade.

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