Neto do fundador da Igreja Batista Central de Brasília, pastor Vilarindo Lima (falecido em 2017)), o pastor e chefe de cozinha Ricardo Espíndola, que há alguns anos comanda a IBC, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal a ressarcir os cofres públicos no processo da Caixa de Pandora. Os ex-servidores da Codeplan e do ICS foram condenados a ressarcir os cofres públicos no valor de R$ 32.983.321,45, de forma solidária.
Ricardo Espíndola ocupou importante cargo na Codeplan (diretor de Gestão/Tecnologia da Codeplan) e após a deflagração da Operação Caixa de Pandora, ele resolveu ficar quietinho na igreja da L-2 Sul, cuidando para não perder o que conquistou. No auge, segundo ele mesmo relatou ao Blog, chegou a pagar R$50 mil só de despesa no cartão de crédito por mês! O dinheiro era fácil.
Mas seu ingresso na IBC não foi simples. Muitos membros e pastores não concordaram com seu retorno à igreja, e houve até mesmo fortíssima divisão na denominação. Mesmo assim, Espíndola continuou no cargo de pastor titular da igreja, que não cresceu muito de lá pra cá. Agora, com a condenação do TCDF, resta saber quem pagará a conta: Ricardo ou a igreja.
Veja na matéria a seguir, publicada aqui em 2014, onde revela que Espíndola, em seu blog, reconheceu que ficou cego com o poder e dinheiro.
Por quê ter se envolvido com a corrupção? Não precisava disso.
Em 2012 o pastor Ricardo Espíndola publicou o seguinte texto em seu blog. Confira:
Pastor Ricardo Espíndola quebra o silêncio
Foto: Divulgação
Você que lê o meu blog, talvez não saiba exatamente o que se passa e o que se passou! Tudo na vida são escolhas. Escolhemos entre a vida e a morte. E a vida e a morte podem estar nas pessoas que escolhemos para andar conosco. Passei um deserto longo e intenso. Sempre fui bombardeado. Não por ser santo. Mas por ser um ser humano. Como qualquer um, tenho virtudes e falhas. Tenho um lado revelado e outro oculto, que é a minha intimidade e que pertence só a mim. Fiz escolhas erradas. Confesso. Escolhi pessoas que quase me levaram a morte. Ao longo de 4 meses passei por um processo de destruição motivado por duas coisas apenas: dinheiro e poder.
Está na Bíblia: O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Timóteo 6:10)
