Após mais de três anos de espera, ontem (30) vi a denúncia do que foi marcado na história do Distrito Federal como um dos maiores escândalos da política brasileira. A espera foi longa. O silêncio, cruel. As perseguições ainda hoje são dolorosas. Mas, ao contrário do que muitos pensam, isto é só o início de uma história que começou com uma simples denúncia feita por um cidadão comum que servia como pombo-correio dentro da estrutura já montada à época, denúncia aquela não levada a sério por diversas autoridades no período da campanha eleitoral de 2006. …
Em 2009, graças às revelações feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, que resolveu romper com o seu passado ao relatar à promotora Alessandra Elias Queiroga os atos praticados por ele e por um grupo que fazia parte da estruturado poder do governo do Distrito Federal, é que se iniciou as investigações que culminaram com a operação Caixa de Pandora, transformada em inquérito sob o número 650 no Superior Tribunal de Justiça.
Não há o que se comemorar. O custo material e espiritual é muito alto para todos os envolvidos, sejam acusados, denunciantes, testemunhas, vítimas ou mesmo o resto da população de nossa cidade. Porém, cada um que arque com as consequências de seus atos. Nem mais, nem menos.
A partir de agora toda a população terá acesso ao resultado das investigações realizadas pela Polícia Federal, Ministério Público do DF, Ministério Público Federal e informações prestadas pelo governo do Distrito Federal já na administração Agnelo Queiroz aos órgãos que durante dois anos e sete meses trabalharam para oferecer ao Superior Tribunal de Justiça o relatório finalizado com 190 páginas.
Fonte: Edson Sombra com infomações do STJ