Em 2016 a Anasps (Associação Nacional dos Servidores Públicos da Previdência e da Seguridade Social, fez oposição cerrada à então “nova” diretoria executiva, composta por “invasores” por ordem da Casa Civil do Palácio do Planalto, e que tinha outros tipos de vinculações e interesses, que não seriam os de assistência à saúde dos servidores públicos. Entendia-se que havia a omissão do Ministério do Planejamento (que nos quatro anos anteriores supervisionou a Geap) e também a dúvida sobre o súbito interesse da Casa Civil pela Geap. Numa negociação com o governo de Dilma Rousseff (PT), o deputado federal do PP, Aguinaldo Ribeiro assumira indiretamente o comando da poderosa Geap.
Ao apagar das luzes do ano de 2017, o então Diretor-Executivo da Geap, Artur de Castro Leite Junior já sabia que seus dias de luxo estavam acabando. Artur, que aumentou o próprio salário para mais de R$ 50 mil por mês, que ia e voltava quase todo fim de semana para São Paulo com passagens áreas pagas pela Geap e que, claro, havia sido indicado pelo sempre presente deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e já havia sido avisado pelo chefe de que deveria deixar o cargo. O deputado estaria descontente com os repasses feitos por Artur e já não mais depositava confiança em seu indicado.
O deputado tinha razão. Comenta-se na Geap que Artur chegou lá falido e saiu literalmente milionário, tendo adquirido vários imóveis em nome próprio e de terceiros. Arthur nunca escondeu suas origens, fazendo questão de comentar com funcionários de que havia sido posto na Geap pelo “líder”, referindo-se a Aguinaldo Ribeiro, que então era líder do Partido Progressista na Câmara dos Deputados, o mesmo partido que é campeão de parlamentares envolvidos na Lava Jato.
Uma vez avisado sobre sua saída, Arthur fez uma última e arriscada medida. Segundo apurou o Blog, o Artur ressuscitou débitos já prescritos da Geap em relação ao Hospital da Bahia Ltda, referente aos atendimentos de beneficiários entre os anos de 2007 e 2011, superfaturou-os e mandou que fossem pagos em regime de urgência. Com isso a Geap pagou um total de R$ 10,3 milhões em apenas 12 dias, conforme comprovam os documentos aos quais tivemos acesso. Foram 2 pagamentos realizados no dia 15/12/2017, perfazendo os valores de R$ 4,3 milhões e R$ 811 mil. No dia 27/12/2017 foram feitos outros dois pagamentos, sendo R$ 4,3 milhões e R$ 841 mil reais (tudo devidamente documentado).
Para completar, indignado com que estava ocorrendo na GEAP, o então Presidente do Conselho de Administração, Paulo Antenor de Oliveira, assinou a Resolução/GEAP/CONAD 259/2017, estabelecendo que, para acordos para pagamentos acima de R$ 1 milhão devem ser previamente avaliados e autorizados pelo Conselho de Administração, conforme estabelece a RESOLUÇÃO/GEAP/CONAD/n 259. Porém Artur não consultou ninguém. Extrapolou sua autoridade e mandou o Conselho de Administração às favas e pagou um valor milionário por uma dívida que já estava prescrita.
Tal fato, segundo informações, incomodou o deputado Aguinaldo Ribeiro, que mandou demitir Paulo Antenor, reconhecido por sua integridade e profissionalismo. Investigações prosseguem.
Esse safado aí roubou 15 milhões de reais em contratos fraudulentos na Geap. Tomara que a PF tome providências contra esse sujeito!!
A geap foi tomada por uma verdadeira quadrilha, do PT e PP.