De acordo com planilha reproduzida na Casa, o GDF executou apenas 81,31% dos limites orçamentários previstos para 2010. Ao todo, foram cumpridos R$ 12,2 bilhões do total do orçamento disponível, de R$ 15 bilhões. Ao perceber os números, Eliana logo questionou o secretário da Fazenda se havia ou não rombo nas contas. Ele, por sua vez, desconversou. “Não temos clareza. É uma análise difícil de fazer”, afirmou.
No entanto, a deputada leu parte de uma reportagem publicada em janeiro onde o próprio governador Agnelo Queiroz afirma, categoricamente, que havia rombo de R$ 629 milhões. Seria a repetida herança maldita deixada pelo governo anterior. Mas, ao que ficou claro, a quantia tratava-se de restos a pagar, o que é muito normal na virada de um ano para o outro na administração pública.
Eliana também questionou a previsão de renúncia fiscal para 2011, na ordem de R$ 1,4 bilhão. “Precisamos saber se é maior que a do ano anterior e se ela compromete questões importantes como a convocação de concursados”, afirmou. Moisés informou que em 2010 a renúncia foi de R$ 880 milhões, bem abaixo da prevista para este ano.
Ao final, a deputada pediu para que os próximos relatórios de gestão fiscal fossem encaminhados por escrito aos parlamentares. O governo acatou o pedido e se comprometeu a mudar o rito para prestação de contas futuras.