Machado de Avis Kebin nasceu para a traquinagem. Mordia pirulito alheio até quebrar, dava nó cego em calção no Lago Paranoá e mandava os amigos de volta pra casa em traje de Adão. Na repartição, virou “anjo da guarda” de preso faltoso: abonava ponto com a maior cara limpa, enquanto o detento, à sombra, chupava picolé e gritava: “Kebin, vem!”. Religioso de fachada, aparece na Igreja Santa Maria dos Pobres, mas dali segue para a balada dos ricos. Sonha em formar dupla com o evangélico midiático que prega morte a criminosos — contanto que sejam pobres, porque os de colarinho branco seguem intocados.