O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na próxima semana. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. A ideia do encontro partiu do líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS).
Ao R7, Zucco explicou que ligou para Motta nesta tarde e que o presidente da Câmara “agradeceu” sua ideia e disse que falará, ainda hoje, um dia e um horário para que o encontro ocorra. Há possibilidade de a visita acontecer na próxima semana.
“Falei, pois é justa, é necessária essa conversa”, explicou Zucco. “O presidente apoiou o Motta na eleição, orientando a oposição”, prosseguiu. A ideia é que, no encontro, Bolsonaro fale com Motta sobre a tramitação do projeto que anistia os presos pelos atos extremistas do 8 de Janeiro.
Pois é, Zucco, que papelão! O fato é que Bolsonaro apoiou intensamente a candidatura de Motta, que prometeu pautar a anistia aos presos do 8 de janeiro, e após vencer a eleição para presidir a Câmara dos Deputados, simplesmente não o fez, além de agora querer silenciar parlamentares da oposição ao governo Lula, com a suspensão de mandatos por terem ocupado a Mesa Diretora da Câmara em protesto.
Em 30/7, Motta saiu em defesa do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes depois de o magistrado ter sido duramente sancionado pelo governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, usada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.
“Como país soberano não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República. Isso vale para todos os parlamentares, membros do executivo e ministros dos Tribunais Superiores”, escreveu Motta.
Refém do STF, Motta não cumpre palavra, ignora quem o ajudou a chegar lá e ainda assim, tem deputado que acredita nele.
Bolsonaro não deve aceitar a visita de Motta, que definitivamente não defende o Brasil e muito menos Bolsonaro, que é o maior líder político da atualidade no país e respeitado também no exterior.
