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    Operação Tartaruga: PMs driblam a Constituição para pressionar governo

    Além da internet, PMs usam entidades representativas para que, na base da pressão, o governo atenda as reivindicações salariais da categoria. Lideranças policiais aproveitam o momento de crise para iniciar campanha

     

    Renato Alves

    Saulo Araújo

    Camila Costa

     

    Ousadia: outdoors espalhados pelo DF marcam assembleia para 13 de fevereiro e incentivam a participação de PMs na Operação Tartaruga (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)
    Ousadia: outdoors espalhados pelo DF marcam assembleia para 13 de fevereiro e incentivam a participação de PMs na Operação Tartaruga

    Além de não atender ocorrências ou fazer de tudo para chegar atrasado a elas, como manda a Operação Tartaruga, policiais militares do Distrito Federal driblam a Constituição e se organizam em associações no intuito de mostrarem força e pressionar o governo por aumento salarial. Pelo menos 14 entidades representam praças e uma, os oficiais da corporação brasiliense. Fazendo uso delas, seus dirigentes preparam campanhas de olho nos cargos a serem decididos nas eleições de outubro. Eles contam com o apoio dos 22 mil colegas de farda — 15 mil na ativa e 7 mil na reserva. Com os familiares aptos a irem às urnas, a categoria detém um exército de mais de 90 mil votos.

    Jogando para essa plateia, novas e velhas lideranças policiais têm brigado por espaço nas associações e na internet. O Correio identificou 25 páginas virtuais mantidas por PMs da capital federal. Muitos deles usam discursos políticos e até números que remetem a siglas de partidos políticos. Outros não escondem a pretensão de concorrer a deputado distrital ou federal por meio de textos e vídeos publicados. Todos falam da importância dos militares em se unirem e votarem em candidatos da corporação. E prometem endurecer cada vez mais a mobilização pelo reajuste salarial e pelas outras 12 promessas do atual governo na campanha ao Palácio do Buriti quatro anos atrás (leia O que querem).

    Nesse jogo, os PMs sacam todas as suas armas, inclusive as ilegais. Ignorando a proibição de se organizarem em movimentos grevistas, marcam assembleias, como a prevista para 13 de fevereiro e anunciada por outdoors espalhados pelo DF. Prometem radicalizar, inclusive com uma paralisação geral por 24h. Em sites, blogs e redes sociais, escondidos atrás de pseudônimos, disparam comentários agressivos contra os superiores e a população. Vibram com cada crime repercutido na imprensa e torcem pelo aumento na violência, em especial no Plano Piloto, no Lago Sul e no Lago Norte, conforme revelou o Correio ontem. Contam com a impunidade — como tem ocorrido até agora — ou com o perdão pelos crimes militares cometidos em movimentos grevistas anteriores.

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    Fonte: Correio Braziliense

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