O secretário adjunto de Assuntos Legislativos, José Flávio de Oliveira, competente e experiente que é, até têm tentado segurar alguns deputados da base que estão insatisfeitos com o tratamento dado a eles pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), mas não tem sido tarefa fácil.
Flávio, assim como seus antecessores, não possui carta branca para levar adiante acordos assumidos. Ele conversa com distritais mas não consegue evoluir com o governador, reconhecido por sua capacidade de não decidir rapidamente (e quando o faz, comete alguns equívocos políticos inacreditáveis).
Publicamente o governador do DF diz que não precisa negociar cargos com os distritais, mas na verdade, o que ele faz é usar a Câmara Legislativa para aprovar seus interesses, enquanto mantém na estrutura do GDF boa parte dos companheiros do PSB, inclusive oriundos de outros estados em que o partido foi derrotado nas urnas nas eleições de 2014. Ao menos metade das administrações regionais estão nas mãos do PSB.
Para se ter uma ideia, não é de hoje que o PSB desejava a Administração Regional de São Sebastião. O que Rollemberg fez? Sem conversar com o distrital da base, exonerou o administrador indicado pelo deputado Lira (PHS) e colocou um companheiro do PSB no comando da Administração.
Por outro lado, enquanto alguns poucos distritais possuem muitos cargos no governo de Rollemberg, outros pouco ou nada possuem.
Agora o governador decide fazer um perigoso jogo: se aproximar da oposição, principalmente de petistas que ele tanto reclamou durante a campanha.
Tempos difíceis para o governador que não cumpre acordos políticos são aguardados na CLDF em questão de tempo, porque a CPI da Saúde avança e outras investigações também, principalmente sobre as manobras que envolvem o IPREV-DF.
Rollemberg parece pensar e agir como se tivesse sido eleito apenas pelo PSB. Do jeito que vai, não será eleito nem para distrital em 2018. Basta conferir as pesquisas…
Fonte: Donny Silva
