JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE
Muitos não sabem, mas a Secretaria de Saúde do Distrito Federal disponibiliza em sua rede de atendimento equipes especializadas para atender pessoas em situação de violência doméstica, familiar e sexual. Em todas as Regiões de Saúde do Distrito Federal existem os centros de atendimento com nomes de flores. Esses locais oferecem acolhimento para aqueles que precisam de apoio da equipe especializada num momento difícil e delicado.
“A violência não diminuiu com a pandemia, em alguns casos, houve aumento. Mas houve uma diminuição no número de atendimentos presenciais caíram consideravelmente, tendo em vista que os Cepavs funcionam, em grande maioria, dentro dos hospitais. Com a pandemia, as pessoas só estão indo aos hospitais em casos de extrema urgência. Mesmo assim, nossas equipes continuam fazendo busca ativa, ligações e telemonitoramento”, explica Elizabeth Maulaz, chefe do Núcleo de Estudos, Prevenção e Atenção à Violência (Nepav).
Os pacientes que buscam a emergência hospitalar por terem sofrido algum tipo de violência são acolhidos e atendidos. A equipe médica notifica o caso e o encaminha para o Cepav. A equipe faz busca ativa ligando para o paciente, faz uma avaliação de risco e elabora um plano terapêutico a ser seguido e faz os encaminhamentos necessários dentro da Pasta e também, para a rede de proteção e responsabilização.
“Fazemos o monitoramento de casos de violência através dos atendimentos nos Cepavs. No ambulatório dos Cepavs temos uma equipe multiprofissional, composta por psicólogo, assistente social, enfermeiro, médicos, geralmente ginecologistas, pediatras e psiquiatras. Buscamos realizar um acompanhamento com essa vítima de violência até ela receber alta”, informa.
ATENDIMENTO – Mesmo com a pandemia e a queda na procura dos atendimentos, os ambulatórios dos Centros de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica continuam funcionando de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, em todas as unidades.
Serviços realizados
Atendimentos à comunidade:
– Acolhimento às pessoas em situação de Violência Interpessoal e suas famílias;
– Encaminhamentos e orientações gerais para as pessoas em situação de Violência Interpessoal e suas famílias;
– Atendimento multiprofissional individual às pessoas em situação de Violência Interpessoal e suas famílias;
– Atendimento multiprofissional em grupo para crianças e adolescentes em situação de Violência Sexual e suas famílias;
– Atendimento multiprofissional em grupo para mulheres em situação de Violência;
– Atendimento médico ambulatorial para crianças e adolescentes em situação de Violência;
– Ações de Prevenção, Promoção da saúde e da Cultura de Paz junto à comunidade e escolas;
– Atividades Educativa/Orientação em grupo* com pacientes atendidos nas Unidades de Saúde da Região de Saúde Sul.
*Devido à pandemia, os grupos estão suspensos respeitando as normas de biossegurança.
Ações com a rede intrasetorial e rede intersetorial:
– Ações de Articulação com a Rede Intrasetorial (todos os setores que estão ligados à SES e seus profissionais);
– Ações de Educação Permanente e Matriciamento das equipes de saúde em todos os níveis de atenção da região de saúde sul;
– Promoção de ações de sensibilização e capacitação com profissionais da área de saúde e acadêmicos sobre a temática das violências;
– Realização de pesquisas para produção de conhecimento referente às situações de violências;
– Participação nas ações de Vigilância em saúde referentes a notificação compulsória de violências e análise dessas informações;
– Ações de Articulação com a Rede INTERSETORIAL (instituições governamentais ou não que priorizam o atendimento integral às pessoas em situação de violência e outras vulnerabilidades sociais);
– Participação Ações de Mobilização sobre a temática das Violências com a Rede Intra e Inter setorial;
– Divulgação de material educativo e informativo relacionado ao enfrentamento das violências na Região de Saúde Sul.
Documentos necessários para o acesso ao serviço: