ÉRIKA BRAGANÇA, AGÊNCIA SAÚDE
Como parte do plano de abertura gradual dos serviços no Distrito Federal, os bares, restaurantes e demais locais de alimentação com atendimento direto ao cliente, serão reabertos a partir desta quarta-feira (15). A Vigilância Sanitária disponibilizou nota técnica a ser observada pelos estabelecimentos que manipulem, comercializem ou forneçam alimentos, para fins de prevenção de transmissão do novo coronavírus Sars-CoV-2. As orientações são direcionadas para os cuidados com o local, funcionários, pedidos e clientes.
Ao todo, são 67 orientações, duas delas estão em destaque como a não recomendação do sistema self-service e o sistema de rodízio. Ambos sistemas têm potenciais altos para a transmissão da doença por conta da emissão de aerossóis por pessoas contaminadas e assintomáticas. Há ainda um difícil controle da higienização adequada de mãos pelos clientes. Nesses sistemas, ainda, há manipulação por diversas pessoas tanto para servir quanto na hora de troca de pratos e a feitura de marmitas. O manuseio de pegadores, colheres e outros utensílios para servir-se também é um risco.
Para André Godoy, gerente de Alimentos, a nota técnica traz a forma segura do novo normal. Infelizmente, segundo o profissional, a população terá que lidar com o vírus até que a solução pela vacina chegue. “São recomendações extremamente importantes que permitem a volta do comércio de forma gradativa. Estamos trazendo a forma mais segura na nova vivência em situações que ajudam na propagação do vírus. Por isso, desaconselhamos o autosserviço e está proibido nos mercados. Mesmo com a luva, cria-se uma sensação de segurança. Mas, ao retirá-la, a pessoa pode contaminar-se. O uso do álcool em gel e lavar as mãos é o seguro”, afirma.
No estabelecimento, a área destaca que os empresários deverão dispor mesas com distanciamento mínimo de dois metros entre elas. Com isso, reduzir o número de mesas e fazer restrição de acesso de clientes de modo a manter o distanciamento social, especialmente em ambientes fechados. Os cardápios podem ser adaptados para acesso on-line pelo celular com o uso do “QR Code”. Já para os pagamentos, os locais deverão dar preferência ao recebimento das contas nas próprias mesas e utilizar tecnologia de aproximação do cartão.
Além disso, deverão limitar o número de pessoas por mesa de forma a manter o distanciamento social de dois metros entre as pessoas, marcando os lugares que não devem ser utilizados nas mesas, a fim de proteger funcionários e clientes. Para não haver espera, devem priorizar acesso aos serviços com hora marcada, evitando aglomerações e, se possível, utilizar ao máximo as áreas externas para atendimento aos clientes. Sugere ainda que seja utilizada tecnologias de “fila por aplicativo”, evitando também o uso de buzzers ou pagers.
Em relação aos clientes, devem utilizar máscaras durante a permanência no restaurante, exceto durante a refeição. As máscaras devem ser retiradas e recolocadas após a higienização de mãos e tocando somente nas cordas e laterais de ajuste. Como o vírus se propaga por meio de contato físico, quando as gotículas contendo o vírus alcançam mucosas dos olhos, nariz e boca, é necessário evitar falar excessivamente, tocar nos olhos, nariz e boca, ou usar o telefone celular enquanto estiver no estabelecimento realizando a refeição.