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    TBC: R$2,50 DE FATURAMENTO MENSAL…

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    Os verdadeiros donos da Televisão Brasil Centra

    Euler de França Belém , Jornal Opção

    Citando o texto “Projeto de canal News pode resgatar e ‘desprivatizar’ a TBC” (Jornal Opção edição nº 1861), leitores perguntam quem privatizou a Televisão Brasil Central? E eles respondem: “Os políticos”. Ressalte-se que os governantes são pressionados e acabam por ceder espaços generosos a “aliados políticos” na empresa pública.

    O deputado estadual tucano Túlio Isac tem um programa na TBC, “Cidade Esperança”, e seu maior “cliente” é o Estado. No governo Alcides Rodrigues, mesmo tendo sido indicado secretário extraordinário de Comunicação, faturava cerca de 120 mil reais por mês. Dinheiro pago pelo governo. O radialista Manoel de Oliveira “aluga” espaço, para o “TBC Esporte”, e seu principal “cliente” é o Estado. Recebia (ou recebe) mais de 100 mil reais. O jornalista Paulo Beringhs, que pelo menos faz um trabalho consistente, faturava cerca de 80 mil reais do governo. Rosenwal Ferreira, apresentador de um programa de debates, vende espaço para empresas particulares, mas nada recebe do Estado. O programa de José Guilherme Schwam, e logo numa tevê pública, incentiva o consumo de álcool, como sugere seu nome, “Pelos Bares da Vida”. Não tenho elementos para dizer que José Guilherme “vende” anúncio para o governo. Paulinho Azeitona é dono de programa na estatal. Arthur Rezende (“Aplauso”) faz colunismo social e fatura o governo.

    A qualidade dos programas citados é discutível. O interesse público é praticamente nenhum, na maioria dos casos. Exceto o trabalho de Beringhs e Rosenwal, os demais programas nada têm a ver com, digamos, a TV Cultura de São Paulo. Isac faz um programa eleitoreiro, populista.

    Com os “experts” no comando, a TBC fatura, por mês, dois reais e cinquenta centavos. Você leu certo. O dado não está errado. Noutras palavras, a televisão não fatura nada, porque tem custos. Trabalha no vermelho, mantida pelo contribuinte, que, possivelmente, acredita que se trata de uma tevê pública, quando, na verdade, foi privatizada. Os donos de fato da “tevê privatizada” estão se articulando para detonar a TBC News (que deve ir ao ar em abril, sob o comando do competente jornalista Marcos Villas-Boas). Recomenda-se que tentem comprar espaço na TV Anhanguera, na TV Record e na TV Serra Dourada. Não vão conseguir. Porque não compensa para as três tevês. Os “contratos” — de avô para neto — só compensam para os “empresários” citados. Alguns deles fazem discursos moralistas, atacam políticos e jogadores de futebol, mas não são muito católicos com o dinheiro público.

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