Em entrevista recente ao jornalista Odir Ribeiro, o ex-deputado e ex-presidente regional do MDB, Nelson Tadeu Filippelli afirmou que não tem nenhuma condenação. É verdade…
Por enquanto não tem, mas Filippelli é réu, juntamente com o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) por seis crimes no âmbito da Operação Panatenaico, que investiga desvios da obra do Estádio Nacional Mané Garrincha.
Filippelli têm percorrido a cidade fingindo ser político honrado mas está difícil. Em 2018, a 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília acatou em 25 de abril, denúncia do Ministério Público Federal (MPF-DF) contra 12 pessoas no âmbito da Operação Panatenaico, da Polícia Federal, que investiga fraudes e desvios de recursos públicos em obras do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. Tornaram-se réus o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT), e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), além de mais dez pessoas.
Em 2020, em outro caso, o juiz federal Eduardo Rocha Penteado determinou o bloqueio de bens do ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB) por participação em um suposto esquema de corrupção na construção do BRT Sul.
A decisão é resultado de um processo de improbidade administrativa movido pelo Ministério Público Federal (MPF) contra os envolvidos. O juiz determinou o bloqueio dos seguintes valores que teriam sido recebidos irregularmente:
- Agnelo Queiroz e Jorge Salomão – R$ 10.237.499,68;
- Tadeu Filippelli e Afrânio Roberto de Souza Filho – R$ 10.237.499,68
- Jorge Luiz Salomão e Afrânio Roberto de Souza, seriam operadores de Agnelo e Filippelli, respectivamente.
O ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli foi citado na última delação do doleiro Lúcio Funaro como beneficiário de um esquema de propina envolvendo a companhia aérea Gol. O depoimento foi prestado à Procuradoria-Geral da República e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Funaro, Filippelli recebeu propina de um dos donos da companhia aérea Gol em 2013, Henrique Constantino – filho do empresário Nenê Constantino, para reduzir o imposto cobrado sobre o combustível usado na aviação. “Os negócios que tiveram pagamento de propina para Filippelli envolviam um esquema de pagamento de propina para a redução do ICMS da gasolina de aviação a pedido do Henrique Constatino”, disse o doleiro.
Em baixa na política local (foi derrotado em 2018 quando concorreu para deputado federal) Filippelli tenta agora desesperadamente se eleger deputado distrital nas eleições de outubro.
Não será tarefa fácil, porque o eleitor não tolera mais político acusado de corrupção.