O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta segunda-feira a abertura de um inquérito para investigar a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, no escândalo conhecido como “mensalão do DEM”. A solicitação para a investigação havia sido feita pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Nos próximos dias, a Polícia Federal (PF) deverá ser notificada pelo STF.
Segundo a assessoria da PGR, Gurgel solicitou ao ministro Joaquim Barbosa a autorização para que a PF realize perícia no vídeo divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em que Jaqueline recebe a suposta propina durante a campanha eleitoral de 2006, e tome o depoimento da parlamentar.
Hoje, Jaqueline Roriz (PMN-DF) admitiu em nota ter recebido, em 2006, dinheiro de Durval Barbosa. Segundo o documento, a deputada admite que esteve “algumas vezes” no escritório de Barbosa, a pedido dele, para “receber recursos financeiros para a campanha distrital, que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas da campanha”.
Jaqueline Roriz também pediu licença médica de suas funções como parlamentar por cinco dias e deve ficar longe da Câmara dos Deputados até a semana que vem. Na nota, a parlamentar também afirmou que está aguardando resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre seu pedido para tomar conhecimento do teor completo do vídeo em que ela aparece recebendo dinheiro de Barbosa.
Pedidos de cassação
O presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Francisco Caputo, afirmou que a Câmara dos Deputados tem instrumentos legais para abrir um processo de cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz. Já o Psol apresentou ao presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), um pedido de investigação das denúncias contra a deputada. O partido quer que a corregedoria da Câmara apure a existência de irregularidades.
Fonte: Portal Terra