O Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Distrito Federal (SINDSER), publicou Nota de Repúdio pelo tratamento dado pelo IPEDF (ex-Codeplan) aos trabalhadores da categoria, que se reuniram na manhã desta terça-feira (6) diante da sede para protestar.
NOTA DE REPÚDIO
Neste primeiro de maio, em que comemoramos o Dia do Trabalhador, parabenizo a todos os empregados e colaboradores que, ao longo desses 58 anos, contribuem com a CODEPLAN, hoje IPEDF CODEPLAN.
Aproveito a oportunidade para registrar meu protesto e indignação pelo descaso e desrespeito da direção do IPEDF CODEPLAN e do Governo do Distrito Federal a nós, Empregados do Quadro Permanente.
Relembrando:
Desde novembro de 2024 temos direito ao percentual de reajuste de 6% nos nossos salários, o mesmo concedido a todos os servidores do GDF.
Porém, apesar do reajuste ter sido contemplado na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, por inércia da direção do IPEDF e também do Governo, o PL que concederia o nosso reajuste não foi encaminhado à Câmara Legislativa a tempo de ser pautado, votado, e publicado no ano de 2024. Dessa forma, a direção do IPEDF convocou a Comissão representante dos empregados e informou que o reajuste seria feito somente em março de 2025, pois a Câmara já estava de recesso e quando as atividades parlamentares retornassem, em fevereiro deste ano, novo projeto seria encaminhado e que, se aprovado, seria pago em março. Todavia, a Comissão não aceitou a proposta pois nossa data base é novembro. Na situação proposta pela diretoria do Instituto perderíamos o reajuste devido nos meses de novembro e dezembro de 2024 e janeiro e fevereiro de 2025.
Por isso, a Comissão envidou esforços e acionou a Casa Civil, a SEEC, e a Câmara Legislativa para que essas instituições nos ajudassem a reparar a injustiça decorrente da inércia do IPEDF/Governo.
A partir dessa mobilização, o Governo propôs um adiantamento que se somaria aos 6% que seriam pagos em março, compensando os referidos meses de 2024 e 2025, em um total de quatro meses. Esse percentual seria pago em 8 parcelas, a partir de primeiro de março até outubro de 2025. Em novembro de 2025 o percentual correspondente ao adiantamento proposto pelo Governo seria descontado dos 6% referentes à última parcela a que temos direito.
A Comissão fez os cálculos e entendeu que os 6,012% não cobririam os 6% dos meses correspondentes compreendidos entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025. O Presidente do IPEDF CODEPLAN, porém, garantiu, por meio de suas assessoras da COAFI E COGEP, que o percentual era suficiente para cobrir os 4 meses ainda não pagos pelo governo. Na ocasião, a Coordenadora de Gestão de Pessoas, a pedido do Presidente do IPEDF CODEPLAN, demonstrou, na própria máquina de trabalho, por meio da simulação nos contracheques de dois servidores – Marcos West e Denise Cabral, que o percentual oferecido seria suficiente para compensar os meses referidos. Sendo assim, nos demos por satisfeitos e imediatamente comunicamos e agradecemos à Casa Civil, à SEEC, e ao deputado Ricardo Vale que, com muita agilidade, pautou e conseguiu a publicação do PL em tempo record.
Porém, para nossa surpresa, os contracheques de abril/2025 foram disponibilizados no SIGRE sem as parcelas devidas. Ressaltamos que ninguém da direção do IPEDF explicou o motivo do descumprimento do acordo e da lei. Como dito anteriormente, a fórmula publicada no PL foi a solução proposta pelo próprio governo, aprovada em assembleia pelos trabalhadores, aprovada pela Câmara e autorizada pelo Governo.
Diante dos fatos indagamos:
*Em que medida podemos confiar nas autoridades* *responsáveis pelo cumprimento do acordo feito e aprovado em lei?*
Se não têm intenção de pagar as parcelas vencidas, qual sentido de adiantar 0,12% do percentual de 6% no contracheque de abril/2025, se o mesmo será descontado do percentual de 6% que será pago em novembro de 2025?
Por que não recebemos 18% em 3 parcelas de 6% como todos os servidores do GDF?
Teremos mais uma vez que recorrer à Justiça para garantir nossos direitos
Basta de descaso!
Basta de desrespeito!
Basta de prejuízo aos trabalhadores!
Apesar de vocês, ainda estamos aqui e exigimos respeito.
SINDSER-DF