Durante sessão plenária realizada hoje (13) pela manhã, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) fez uma grave denúncia. Senadores, membros da Comissão Externa que faz o acompanhamento da retirada de garimpeiros de áreas yanomami, que estão em missão oficial em Roraima, não conseguiram entrar em área yanomami por recomendação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que acatou pedido de ONGs indígenas.
“ONGs de extrema esquerda exigiram que a Funai enviasse para eles os nomes de parlamentares, assessores e demais convidados que participariam da missão, estipularam um local específico para pouso do avião e impuseram que representantes das ONGs fossem integrados à comitiva. Em virtude do desconforto dessas ONGs, a Comissão do Senado, em missão oficial, não pode entrar em terras yanomâmi. Que fique registrado: ONGs internacionais estão mandando em áreas de fronteira e a soberania nacional está em risco”, declarou.
A informação de que a comitiva não poderia ir à área indígena durante a missão desta quinta-feira consta em ofício enviado pela Presidência da Funai no último dia 11. “Quando fui ministra, apesar da minha Pasta não cuidar da política indigenista, eu cuidava de crianças, tentei entrar em área yanomâmi algumas vezes e nunca consegui. Sempre fui desaconselhada a entrar lá por causa das ONGs de extrema esquerda”, acrescentou.
A senadora Damares Alves destacou ainda que, enquanto senadores da República têm dificuldade para entrar na área, o rei da Noruega, Harald V, passou quatro dias dentro de uma aldeia yanomami, a convite de ONGs de extrema esquerda, em 2013. Damares disse ainda que irá levantar a discussão sobre o assunto na Casa, durante a próxima semana. “Nós não somos extrema direita, nós amamos este país. Essa é a diferença entre nós e a extrema esquerda”, concluiu.