O segundo maior causador são as serpentes, que ocasionaram 114 acidentes ao longo do ano. Os acidentes com aranhas foram 102 casos, com abelhas, 83, e 72 com lagartas. Do total de ocorrências, 72 casos não foram especificados na notificação.
O profissional de saúde que recebe um paciente vítima de acidente com animal peçonhento deve informar à Vigilância Epidemiológica, que monitora os números e comunica ao Ministério da Saúde. A partir dos dados é possível prever o estoque necessário de soros contra os diferentes venenos para assegurar a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde da rede.
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De acordo com Israel Martins, biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), para evitar esse tipo de acidentes é importante: vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha; reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas; telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques; telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos tapados; manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados e; manter limpos quintais e jardins.
“O contato com os escorpiões pode ser aumentado por conta das condições ambientais e das moradias humanas. Por isso, é importante ter certos cuidados. Eliminar fontes de alimentos para os escorpiões como, baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados. Além disso, evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões”, explica o biólogo.
![](https://ci3.googleusercontent.com/proxy/2miRbOEvjEB0mHJXCt5gxVlMDajMC57gwPkSLxlKJeSKxGycZ8vhMAh-hc-KGQFinDmT_NDt5D8RgzgRhlybIeWOtJlTH_jfK18i4RemXut0jmR-eAKy49PJZ99tNYRqSpzXrkjfTA=s0-d-e1-ft#http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2020/10/AnimaisPe%C3%A7onhentos-card2.png)
Ele desmente ainda a lenda de que galinha ajuda a combater os escorpiões. “As galinhas não são agentes controladores eficazes dos escorpiões, pois possuem hábitos diurnos enquanto os escorpiões, noturnos”, afirma.
Onde buscar ajuda?
Em caso de aparecimento de e acidentes com escorpião, aranha, lagarta e lacraia os números para contato com a Vigilância Ambiental são o 160 e 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com para agendamento da inspeção. Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência e faz a coleta dos animais existentes, com busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais. “Verificamos as condições que existem na casa ou apartamento que favorecem a entrada desses animais ou abrigo deles. A gente acaba orientando a população a adotar algumas medidas preventivas e de controle”, esclarece Martins.
Além do trabalho de monitoramento, a Secretaria de Saúde também realiza a captura dos animais que causaram os acidentes. Nesse caso, a Vigilância Ambiental em Saúde é a área responsável pela captura e identificação do animal. No entanto, nas ocorrências com abelhas é o Corpo de Bombeiros quem deve ser acionado, pelo telefone 193, e no caso de serpentes o Batalhão de Polícia Ambiental (190). Em relação a estes dois animais, cabe à Vigilância Ambiental a orientação e a educação da população sobre os cuidados de prevenção para evitar os acidentes.
Atendimentos no DF
Na ocorrência de acidentes, a Secretaria de Saúde conta também com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados e funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, disque 0800-644-6774.