O ex-governador Joaquim Roriz (PSC) esteve ontem (14) no Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF onde prestou depoimento durante cerca de duas horas como cidadão comum.
Ele foi chamado a prestar esclarecimentos sobre a compra do Hospital de Samambaia. O negócio foi fechado pelo GDF, durante o governo Roriz, por R$ 18,3 milhões. O Governo comprou a unidade de saúde que pertencia ao patrimônio do Banco de Brasília (BRB) por valores acima de avaliação feita pela Caixa Econômica Federal. De acordo com a Caixa, o prédio e toda a estrutura valiam R$ 15 milhões.
Para os promotores, houve prejuízo ao contribuinte na transação. O assessor de imprensa do ex-governador Joaquim Roriz, Paulo Fona, afirma que não houve nenhuma irregularidade, nem lesão aos cofres públicos. Além disso, a transação teria sido totalmente realizada pelo ex-secretário de Saúde Arnaldo Bernardino sem participação de Roriz.
Por causa da operação, Bernardino foi condenado pelo Tribunal de Contas ao Distrito Federal (TCDF) a ressarcir os cofres públicos em R$ 3,3 milhões, diferença entre o valor pago pelo GDF ao BRB e a avaliação do hospital feita pela Caixa Econômica.
O BRB tinha o bem em seu patrimônio porque o recebeu como compensação pela inadimplência da proprietária do antigo hospital Nossa Senhora Aparecida, Mercedes Ermínia Barbiani. Ela pegou empréstimo com o banco público do DF para construir o hospital particular, mas o negócio não prosperou e ela teve de entregar o prédio como ressarcimento pela dívida com o banco.
A transação é objeto de investigação aberta pelo MPDFT. Está em avaliação possível ato de improbidade administrativa.
Fonte: Blog da ana maria campos