O Distrito Federal registrou, no período de seca deste ano, redução de 72% da área devastada por incêndios em relação a 2011. O levantamento foi apresentado nesta quinta-feira pelo governador Agnelo Queiroz, juntamente com o comandante do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), coronel Gilberto Lopes, e com o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Nilton Reis.
Houve expressiva redução da área destruída, de 24.558 mil hectares (ha) para somente 6,8 mil ha até 25 de setembro deste ano, o equivalente a quase 7 mil campos de futebol. A queda significativa é resultado dos investimentos realizados pelo GDF na compra de equipamentos e na capacitação de profissionais (Veja quadro), além da elaboração do cronograma de ações de prevenção e combate a incêndios, iniciado em abril e previsto para ser concluído em novembro.
Até 30 de setembro, estará em prática a etapa de combate avançado, em que 350 militares ficam de prontidão nas regiões de maior risco de incêndio, munidos de novos equipamentos. A última fase, definida de combate reduzido, será de outubro a novembro.
“Este é um esforço coletivo. Nada disso seria possível sem investimentos no Corpo de Bombeiros, feitos pela sociedade, por meio do Governo do Distrito Federal”, destacou o governador Agnelo Queiroz.
Focos
Os investimentos e a capacitação dos profissionais garantiram atendimento ágil e eficiente às ocorrências de queimadas, que, este ano, foram maiores que em 2011. Em agosto do ano passado, houve registro de 1.088 focos de incêndio. No mesmo mês deste ano, 1.554. Segundo o comandante do CBMDF, coronel Gilberto Lopes, “o diferencial para se chegar a esses resultados foram os treinamentos, a parte preventiva e os investimentos. Principalmente nos aviões, que realizam o trabalho de 120 bombeiros”.
A grande extensão de áreas queimadas durante o período de seca do ano passado, fez despencar a qualidade do ar dos brasilienses. Uma cortina de fumaça tomou conta do horizonte e fez, inclusive, o Governo Federal entrar em ação.
O presidente do Ibram, Nilton Reis, destacou que a parceria com o Corpo de Bombeiros foi fundamental para a preservação da biodiversidade do cerrado local. Entre os números mais expressivos estão a redução da área destruída no Jardim Botânico, que foi de 3.150 ha no ano passado contra apenas 5 ha neste ano. “O mais importante para isso foi que o governo se preparou, com a contratação da brigada de incêndio, firmou parceria com o CBMDF e com a sociedade, e investiu em educação ambiental”, declarou Nilton Reis.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br