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    QUAL A MELHOR MANEIRA DO GDF GASTAR 1 BILHÃO DE REAIS?

    De olho na economia

    Carlos Max

     

    Qual a melhor maneira do GDF gastar 1 bilhão de reais?

    Os números da economia do Distrito Federal são excelentes, porém contraditórios. Levantamento do IBGE indica que a capital federal possui a maior renda per capita do país, R$ 40.696,00, quase o dobro de São Paulo, que vem em segundo lugar.

    Ao mesmo tempo,  o DF apresenta um dos piores índices de distribuição de renda do país, em comparação com as demais unidades da federação. Isso em conseqüência da situação de penúria de muitas cidades, antes conhecidas como satélites, e dos municípios fincados no chamado Entorno da capital de todos os brasileiros.

    A propósito desses indicadores é bom não esquecer que Brasília já é, atualmente, a quarta maior cidade brasileira, com 2 milhões e 600 mil habitantes.

    Na verdade, o DF vem enfrentando há anos um crescimento demográfico explosivo. Isso tem graves conseqüências. A principal: implode a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população, especialmente nas áreas de saúde e transporte.

    Cabe, então, a pergunta: é razoável o poder público gastar algo como R$ 1 bilhão na reforma do Estádio Mané Garrincha para garantir a presença de Brasília na Copa do Mundo de 2014. Não seria mais interessante, por exemplo, aplicar todo esse dinheiro na melhoria dos serviços de saúde oferecidos aos brasilienses?.

    É interessante notar que o DF é a unidade federação que mais gasta com saúde, em comparação com o total de habitantes. Mas presta um dos piores serviços à população nesse setor. O que prova que gastar muito, não significa aplicar bem o dinheiro dos impostos pagos pelo cidadão comum.

    A resposta a essa difícil equação terá de ser dada pelo governador eleito, Agnelo  Queiroz (PT), que, a propósito, foi ministro dos Esportes e entende do assunto.

    Queiroz já manifestou intenção de reduzir o tamanho do estádio e, assim, economizar pelo menos R$ 300 milhões.

    Um estádio para 70 mil pessoas, quase 25 mil a mais em relação à capacidade atual do Mané Garrincha, é um evidente exagero, para dizer o menos.

    O futebol candango é de uma pobreza franciscana. E o pior, o Brasiliense corre sério risco de, em 2011, disputar a terceira divisão do futebol brasileiro.

    Em tempo, oficialmente a reforma do estádio custará R$ 700 milhões. Só que o Ministério Público estima que o custo total da obra em R$ 1 bilhão. Isso porque vários itens de segurança exigidos pela Fifa não foram incluídos no projeto.

    E você, onde aplicaria 1 bilhão de reais, se fosse o governador do Distrito Federal?.

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