PREVI | |
Procuradoria analisará denúncias | |
O Ministério Público Federal, no Rio, resolveu analisar o teor das declarações do ex-diretor da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) Gerardo Xavier Santiago à revista “Veja” desta semana, em que disse ter montado dossiês para intimidar adversários. Depois da análise, o MPF decidirá se abre investigação a respeito. Ontem, o deputado federal ACM Neto (DEM-BA) anunciou que vai interpelar judicialmente o ex-diretor da Previ. — Eu quero ter acesso ao suposto dossiê que foi produzido contra mim, e quero que a polícia e a Justiça identifiquem os responsáveis pela elaboração e punam essas pessoas — afirmou ACM Neto, acrescentando que a sua interpelação judicial abrangeria também o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa. O PSDB quer o depoimento de Gerardo Xavier Santiago na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ). O requerimento nesse sentido será apresentado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), mas só será votado no final do mês, quando o Senado tentará retomar as votações. Para Álvaro Dias, a entrevista de Santiago mostrou que a elaboração de dossiês é uma prática recorrente desde 2002. Mas o tucano está otimista em aprovar o requerimento e marcar imediatamente o depoimento, porque o ex-integrante da Previ está disposto a falar. A ideia é aprovar um convite para sua presença na CCJ. — As declarações são muito sérias. Era (levar a CPI) na direção de relatório que acobertasse as falcatruas e intimidando os adversários. E com métodos fascistas de bisbilhotar a vida alheia — disse Álvaro Dias. Santiago reagiu com tranquilidade e uma ponta de ironia. — Posso entender o ACM Neto. No lugar dele, eu também me sentiria atingido. Só que vai ser perda de tempo, a tal ação judicial, assim como a perspectiva de ele solicitar uma investigação à Polícia Federal. O motivo é simples: não é crime fazer dossiês — afirmou Santiago ao GLOBO. Eram dados sigilosos apenas para a Previ” Ainda assim, ele disse que está disposto a prestar um depoimento público, se convocado por comissões do Senado e da Câmara. E insistiu: — Nenhum dos fatos que mencionei (na entrevista) se constitui em crime ou ilegalidade. Sou advogado, conheço essa área. Eles eram dados sigilosos apenas para a Previ, porque era assim que a Previ queria mantê-los, e não porque a lei o determinasse — disse Santiago. Além de ACM Neto, outros personagens da política nacional foram alvos da Previ, como o ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-SC), o presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, e o presidenciável do PSDB, José Serra. Informações de O Globo. |
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