DISTRITO FEDERAL |
Peemedebistas terão força no governo de Agnelo Queiroz |
Ana Maria Campos, Correio Braziliense Filippelli vai presidir uma comissão com várias secretarias em que serão decididas as prioridades na área, aos moldes do que ocorre hoje com a vice-governadora Ivelise Longhi (PMDB) no governo de Rogério Rosso (PMDB). Na tarde de ontem, Agnelo se reuniu com o deputado federal eleito Luiz Pitiman (PMDB-DF), cotado para a Secretaria de Obras. Braço direito de Filippelli, ele foi presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) no governo de José Roberto Arruda por indicação do companheiro de partido. Havia até ontem um nó a desatar nesta seara. O PMDB deve indicar ainda o presidente da Novacap, o da Companhia de Saneamento Ambiental de Brasília (Caesb), diretores da Companhia Energética de Brasília (CEB) e o secretário de Transportes. Agnelo, no entanto, não pretendia entregar ao PMDB o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), responsável pelos principais projetos estruturantes do Programa Brasília Integrada. Filippelli abriu mão da negociação em torno da presidência da CEB. Oriundo da empresa, o deputado federal eleito Paulo Tadeu (PT), que deve assumir a Secretaria de Governo ou a Chefia da Casa Civil, não aceitou entregá-la ao PMDB. Rubem Fonseca, que presidiu a CEB no primeiro ano do governo de Cristovam Buarque (1995-1998), deve assumir o cargo na gestão de Agnelo. Nos últimos 15 anos, Rubem sempre trabalhou ao lado de Cristovam, senador do PDT reeleito. Depois de deixar a CEB, ainda no governo do hoje senador pelo PDT, ele foi chefe de gabinete do governador. Depois foi secretário-executivo do Ministério da Educação, na gestão de Cristovam. O pedetista, no entanto, afirma que depois do que ocorreu com a escolha na Secretaria de Educação, não terá responsabilidade por nenhuma indicação no governo Agnelo. Cristovam não gostou de saber que o novo governador escolheu a professora Regina Vinhaes Gracindo para a pasta, sem comunicá-lo previamente. Referência na área de educação, o senador esperava contribuir com propostas e ter voz no processo de escolha no GDF. Conforme o Correio publicou ontem, Cristovam disse que, ao saber por intermédio da imprensa que Agnelo já tomara uma decisão, sentiu-se pior do que quando foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Ministério da Educação, em 2004, durante missão oficial a Portugal. Apesar do embaraço, o PDT deve ficar com a Secretaria de Trabalho. A escolha deve ser feita pelo deputado distrital eleito Israel Batista (PDT), que deve indicar Glauco Rojas, da Juventude Socialista do partido. Neste ponto, Cristovam novamente se sente traído porque contava com a nomeação do pedetista Peniel Pacheco. O deputado federal eleito José Antônio Reguffe (PDT) não deverá fazer indicações. Anúncios Auditor fiscal da Receita Federal, o futuro secretário de Fazenda é o atual presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). No BRB, Agnelo terá um empregado de carreira da Caixa Econômica Federal, o atual superintendente nacional de gestão da estratégia de atendimento e gestão. Agnelo espera contar com outros nomes graduados da estrutura federal. Para a Secretaria de Segurança Pública, o governador eleito convidou o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, mas ele vai permanecer na equipe do próximo ministro, José Eduardo Cardozo, como secretário-executivo. Agnelo, então, tenta levar para o cargo o secretário-executivo do ministério, Rafael Favetti, ou um delegado da Polícia Federal. Todos os partidos que integraram a coligação Um novo caminho deverão ser representados. O PSB deve indicar os secretários de Ciência e Tecnologia e de Turismo. O PCdoB tem pleiteado a secretaria de Esporte, seguindo o foco nacional. O nome cotado é o ex-presidente regional Apolinário Rebelo, irmão do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP). No PT, Agnelo tem enfrentado problemas. A Articulação, tendência que o abrigou quando ele migrou para o partido, avalia que deveria ter alguém no núcleo de poder. Um dos cotados para cargo no GDF é o ex-presidente da Fundação Banco do Brasil Jaques Pena. Ex-presidente do PT-DF, Wilmar Lacerda era apontado como provável secretário de Relações Institucionais do DF, mas Agnelo recuou ao ser aconselhado a extinguir a pasta criada por Arruda em 2007 especialmente para abrigar Durval Barbosa, o colaborador da Operação Caixa de Pandora. |