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    PEDOFILIA: Nome de militar é divulgado, mas em outro caso, nome de servidor do Senado é mantido em segredo

    Nesta quarta-feira (25/9), o sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), de 38 anos,  preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) durante a megaoperação Terabyte, deflagrada em todo o país para combater a disseminação de pornografia envolvendo crianças, é Patrik de Sousa Lima (foto em destaque). Segundo informações,  o segundo-sargento foi detido em flagrante, em um apartamento no Cruzeiro, com mais de 5 mil arquivos de pedofilia.

    Natural do Rio de Janeiro, mas lotado no Distrito Federal, o militar figura no Portal da Transparência do Governo Federal com salário bruto de R$ 9.206,10. Além do praça, dois homens, de 39 e 59 anos, foram flagrados – um pela Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), no Recanto das Emas, e outro pela Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), em Taguatinga.

    A operação conjunta foi coordenada pela Polícia Federal (PF) em colaboração com as polícias civis estaduais para cumprimento simultâneo de 141 mandados de busca e apreensão em todo o Brasil. Até a última atualização, 56 pessoas já haviam sido presas em território nacional.

    Participaram desse esforço conjunto mais de 750 policiais. Além disso, a Polícia Federal contou com o apoio da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations – HSI), da Embaixada dos Estados Unidos.

    PEDÓFILO NO SENADO

    Policial verifica computadores do pedófilo

    Um outro caso de pedofilia chamou atenção dos brasilienses em 26 de janeiro de 2022, quando um técnico legislativo do Senado foi preso em flagrante, acusado de armazenar pornografia infantil. O homem, então com 31 anos, foi encontrado no Riacho Fundo II, no Distrito Federal, durante a Operação Downloader da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

    Ao chegarem no local, os investigadores encontraram mais de 2 mil arquivos relacionados à pedofilia infantil, armazenados em dispositivos de informática, como computador e celular. Por isso, foi possível fazer a prisão em flagrante.

    Na casa dele, no Riacho Fundo II, os policiais encontraram mais de 2.000 arquivos relacionados a pedofilia armazenados em um notebook e no celular do servidor público. De acordo com a Polícia Civil, os arquivos de fotos e vídeos continham imagens de incitação ao sexo e estupro de crianças e adolescentes. Ele admitiu aos investigadores que baixava os materiais havia pelo menos dois anos.

    Naquele ano,  o delegado à frente do caso, Dário Freitas, informou que o suspeito foi preso dentro de casa. No fim da tarde daquela quarta-feira, a corporação informou que o homem pagou fiança de R$ 15 mil e foi liberado para responder ao processo em liberdade. O delegado informou que o suspeito é concursado do Senado e confessou o crime. De acordo com o investigador, o homem morava com os pais.

    Posteriormente, mesmo  indiciado por armazenar conteúdo de pornografia infantil, o servidor do Senado recebeu normalmente o salário de R$ 21.203,62 no mês de fevereiro. Ele também embolsou os R$ 982,28 do vale-alimentação pago aos servidores da Casa.

    Os eletrônicos, um celular e um notebook, foram apreendidos para perícia. Se condenado pelo armazenamento do conteúdo, ele poderá cumprir quatro anos de prisão. Peritos da Polícia Civil ainda trabalham no laudo, que deve apontar se o conteúdo também foi compartilhado. Nesse caso, a punição será agravada se ficar comprovado que o servidor distribuía as imagens. Cada compartilhamento pode somar mais seis anos à pena. Assim, o técnico poderá perder o cargo de servidor público.

    Como se trata de servidor do Senado, não divulgaram o nome do pedófilo, o que comprova que há dois pesos e duas medidas no Brasil. Neste caso, o  criminoso foi preso em flagrante e liberado no mesmo dia, e não teve o nome sequer revelado, e o Senado não se pronunciou a respeito. Já no caso do militar, o nome foi imediatamente divulgado.

    LISTA DE CONDENADOS POR CRIMES SEXUAIS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

    Em 23 de abril de 2024 a  Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou relatório da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ao Projeto de Lei nº 503/2020, que prevê a divulgação de lista com os nomes de pedófilos condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

    (Acesse o relatório)

     

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