Relembrar é preciso. A Polícia Civil do Distrito Federal realizou cinco operações que ganharam manchetes nos últimos anos. Entretanto, houve pouca evolução após divulgação (inclusive com a promoção de alguns e perseguição a outros que participaram das operações) . Confira:
Tellus Teve início na Divisão Especial de Crimes contra a Administração Pública (Decap) para investigar cobrança de propina para liberação de lotes do Pró-DF. Houve escutas telefônicas e envolveu pessoas da confiança do então vice-governador Paulo Octávio, lotadas na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Depois ficou sob a responsabilidade apenas de promotores da área de combate ao crime organizado no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Aquarela Foi uma das mais bem-sucedidas investigações durante o atual governo. De responsabilidade do Ministério Público, num trabalho em parceria com a Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco), investigou em 2007 desvios de recursos do Banco de Brasília (BRB) e lavagem de dinheiro, envolvendo o ex-presidente da instituição, Tarcísio Franklim de Moura, e Juarez Cançado, então coordenador-geral da Associação Nacional dos Bancos (Asbace). Na operação, eles foram presos e já respondem a várias ações penais e de improbidade administrativa.
Tucunaré A investigação que teve origem na Decap da Polícia Civil do DF apurava esquemas de lavagem de dinheiro por meio de doleiros. Utilizando interceptações telefônicas, a operação flagrou conversas do policial civil aposentado Marcelo Toledo com o doleiro Fayed Trabously. Toledo é aliado de Arruda e de Paulo Octávio e foi procurado por Durval Barbosa para confirmar denúncias em delação premiada. Ele é investigado também na Operação Caixa de Pandora porque foi filmado por Durval entregando dinheiro a Omézio Pontes, o ex-assessor de imprensa de Arruda.
Garatusa Em outubro do ano passado, a Polícia Civil prendeu 23 pessoas acusadas de fraudar serviços do Detran-DF, como venda de carteiras de motorista, falsas vistorias de veículos e cancelamentos de multas e de pontos na carteira de habilitação. Havia a suspeita de participação de um policial civil, mas essa parte da investigação não chegou a ser confirmada. As diligências também ficaram a cargo da Divisão de Atividades Especiais (Depate).
Terabyte Um dos desdobramentos da Operação Megabyte, que cumpriu em 2008 mandados de busca e apreensão na casa do então secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, a Terabyte vasculhou escritórios de empresas de informática no ano passado, para apurar esquema de desvio de recursos públicos de contratos de prestação de serviço com o GDF e lavagem de dinheiro.
Fonte: Correio Braziliense, de 07/03/2010