O governador em exercício Paulo Octávio tenta arrumar a casa. Neste sábado (13) ele completou 60 anos e marcou uma reunião com representantes de 12 partidos para tentar governar daqui pra frente. Ele pediu que todos os secretários deixem seus cargos.

Em meio à insinuações e movimentos de uma possível intervenção no DF, PO acredita que chegou seu momento. Não aparece envolvido diretamente nas denúncias de corrupção, mas enfrenta muitos processos, inclusive de impeachment. Vai ter que negociar muito com a Câmara Legislativa. Visivelmente abatido, Paulo Octávio tem em seus ombros a responsabilidade de dar rumo ao governo do Distrito Federal. Muitos torcem por ele, até porque, em 2006, ele era o candidato a governador pelo DEM, até ser ‘ atropelado’ por Arruda, que convenceu o ex-presidente do PFL (hoje DEM), Jorge Borhausen a indicá-lo. Paulo Octávio sabe da responsabilidade que tem, e vai tentar fazer de tudo para entrar para a história como o homem que deu rumo ao caos instalado desde 27 de novembro de 2009. Se conseguir, ficará provado que é um grande político. Se não conseguir, enterrará de vez sua carreira política e manchará para sempre sua carreira empresarial. E o DEM também tenta arrumar a casa. Muitos acham que o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, teve atuação medíocre e infantil diante dos episódios envolvendo o DEM no DF. Acham que é preciso colocar um presidente com maturidade e experiência para depurar situações e evitar constrangimentos ao partido, que perdeu seu único governador eleito em 2006. Parece que a mudança de nome não ajudou o partido. O DEM se tornou sinônimo de atitudes demoníacas. Que tal o novo presidente voltar para o velho PFL de guerra?