— Quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas – completou.
Bento XVI afirmou que esta orientação deve ser dada “quando projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia”.
– No episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo – afirmou o pontífice.
– Deus deve encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política – acrescentou.
As polêmicas envolvendo temas religiosos e, principalmente, a legalização do aborto, marcaram a campanha presidencial. Na semana passada, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Lyrio Rocha, voltou a defender a proibição do aborto no Brasil.
O papa defendeu ainda a educação religiosa no ensino público e o uso de símbolos religiosos na vida social.
– Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história.