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    OPERAÇÃO AQUARELA: DESDE 2007 SEM RESULTADOS CONCRETOS

    Em 2007, dezoito Promotores de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) trabalharam na Operação Aquarela, que desbaratou um fabuloso esquema de corrupção no BRB. A Delegacia de Combate ao Crime Organizado, analisou todo o material apreendido durante a operação. Foram 130 computadores, centenas de documentos, armas, mais de US$ 200 mil, grande quantia de dinheiro em euros, 95 relógios avaliados em cerca de R$ 1 milhão, pedras preciosas. Duas pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de armas.

    O então  Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra, o ex-Diretor da Polícia Civil do DF, Cléber Monteiro, e o ex-Diretor do Departamento de Atividades Especiais (Depat) da Polícia Civil, Celso Ferro, concederam entrevista coletiva a jornais, revistas, televisões, rádios e sites na manhã do dia 14/06/2007 para esclarecer os principais pontos da operação. Bandarra elogiou o trabalho dos Promotores de Justiça e disse que o MPDFT está sempre pronto para atuar de forma firme e incisiva.

    A Operação Aquarela, coordenada pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC), órgão do MPDFT, contou com a total colaboração da Polícia Civil do Distrito Federal e da Secretaria da Receita Federal. Foram expedidos e cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão temporária (por 5 dias), expedidos pelo Juízo da Primeira Vara Criminal, sendo os mesmos cumpridos no Distrito Federal, em Goiás, em São Paulo e no Paraná. Apenas Oliveira de Souza Júnior, que viajou para uma pescaria,  foi localizado posteriormente e preso.

    Os envolvidos foram investigados durante meses por crimes contra Administração Pública, fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e crime de quadrilha. A operação objetivou coletar outros elementos de prova, imprescindíveis para melhor elucidação de todo o esquema. Existem instituições financeiras, empresas de grande e pequeno porte e entidades do terceiro setor envolvidas. Sabe-se que o dinheiro saía de bancos estaduais, era lavado e tinha como destino final instituições como a editora Corte, de Juarez Lopes Cançado, Secretário-Geral da Asbace. Todos os presos serão ouvidos.

    As investigações continuam em curso, contando com a colaboração dos órgãos acima mencionados, além do Laboratório do Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça, sendo necessário manter sigilo sobre detalhes da operação e do esquema que está sendo desbaratado. Mas até agora, pouco se apurou. Relembre aqui alguns dados sobre a Operação Aquarela:

    Operação Aquarela

    Missão: Cumprimento de mandados de busca e apreensão e mandados de prisão temporária no DF, Goiás, São Paulo e Paraná.

    Efetivo:
    41 delegados de polícia
    283 policiais civis
    18 promotores
    51 auditores

    Prisões:
    Dos 20 mandados de prisão temporária, 19 foram cumpridos, entre eles o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, o secretário-geral da Asbace, Juarez Lopes Cançado, diretores de empresas, presidentes de ONGs.

    Locais:
    Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias empresas, ONGs e na sede do BRB, no Setor Bancário Sul, em seis andares diferentes, onde atuaram 50 policiais e 30 auditores.

    O material apreendido por enquanto, cerca de 130 computadores e documentos, estão sob análise por peritos do Instituto de Criminalística e auditores da Receita Federal, e especialistas da Dicat, na Deco/Depate.
    Foram apreendidos ainda 200 mil dólares e efetuadas 2 prisões em flagrante por porte de arma. O cumprimento de mandados de prisão ocorridos nos estados de Goiás, Paraná e São Paulo ficaram a cargo de policiais civis do DF, que se deslocaram àqueles Estados.
    O trabalho da Polícia Civil envolveu policiais de diversas unidades, sob a coordenação do Depate/PCDF. São elas: Deco, DPE, CGP, Direção-Geral, DPC e DPT, com destaque para a Divisão de Inteligência, que monitorou os alvos da operação durante vários dias.

    Presos:
    DF
    Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB
    Juarez Lopes Cançado, secretário-geral da Asbace
    Ari Alves Moreira
    Rildo Ramalho Pinto
    Durais Vogado Barreto
    André Luis de Souza Silva
    Sheila Kelly de Freitas Baltazar da Penha
    Fabrício Ribeiro dos Santos
    Nilson Lacerda Wanderlei
    Rose Mary Saraiva Leal
    Jeovana Drazdauskas Silva
    Georges Kammoun (doleiro)
    Noelma Ribeiro Xavier
    Marta Bertolli de Santana
    Marcos William Porfírio
    Foragido: Oliveira de Souza Júnior
    SP
    Marcos Hernel Filho
    Leônidas Hernel
    PR
    Lúcio Mauro Stoco
    GO
    Anderson Figueiredo Barros

    Empresas envolvidas:
    Cartão BRB
    Banco de Brasília
    ATP Tecnologia e Produtos AS
    Investimentos ATP S/A
    Associação Nacional de Bancos
    Fundação Asbace de Ensino e Pesquisa
    Datalink Ltda
    ONG Caminhar
    ONG Conviver
    Êxito Comércio de Produtos Naturais Ltda
    FLS Tecnologia
    Instituto Êxito
    SDL Engenharia e Consultoria
    Consys Systems & Consulting
    Kamaoun Câmbio e Turismo
    Versal Artes Gráficas
    EDR3 Comunicação
    Capital Empreendimentos
    Agentes Autônomos de Investimentos Ltda
    Critério Pesquisas Consultoria e Marketing Ltda

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