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    O LADO ELEITOREIRO DA REGULARIZAÇÃO DOS TEMPLOS

    A lei complementar 116/2009 do Executivo que institui a política pública de regularização urbanística e fundiária das entidades religiosas e assistenciais no DF, foi aprovada pela Câmara Legislativa do DF com 19 votos favoráveis e sancionada pelo governador José Roberto Arruda. E somente agora, líderes evangélicos do “baixo clero” perceberam que foram iludidos. Compreendem que “regularização” significa “pagar” pelo terreno e muitos não tem dinheiro para adquirir o terreno onde edificaram seus templos. Em Samambaia, Recanto das Emas entre outras cidades no DF, a reclamação é geral. E não aparece deputado algum para ajudar a pagar o que a Terracap acha que deve cobrar pelo terreno. Prova desta “revolta”, foi na assinatura da sanção da Lei, em pleno domingo à tarde, no ginásio Nilson Nelson, onde pouco mais de mil pessoas compareceram muito mais para assistir aos shows programados do que para ouvir o discurso de Arruda e aliados. Foi um fiasco. Um pastor emendou quase que biblicamente: “Roriz deu, Arruda cobrou. E a isto chamou de ‘regularização’ “. E olha que o deputado distrital bispo Renato, fundador e presidente da Igreja do Apocalipse, deseja ampliar tal regularização para outras denominações. Já a deputada distrital Érica Kokay votou contra o projeto, porque viu graves falhas. Os demais não quiseram ouvi-la. Afinal, o negócio é fingir para arrancar votos. Quanto a arrumar dinheiro para pagar terrenos… é melhor perguntar ao assessor de Arruda, pastor Antônio Nascimento, que certamente não dará resposta, mas saberá ganhar tempo, à exemplo da equipe no buritinga.

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