MAIS
    HomeNotas AntigasArtigo O estádio Mané Garrincha e o governador Agnelo

    Artigo O estádio Mané Garrincha e o governador Agnelo


    Uma gestão completamente afastada dos interesses do povo

     

     

    Em 2007, o então Governo do Distrito Federal vislumbrou a possibilidade de Brasília sediar a abertura dos jogos de futebol da Copa do Mundo de 2014 e definiu por fazer um projeto que atendesse às exigências da Federação Internacional de Futebol, a FIFA. Dentre tantas, a de que o nosso principal estádio, o Mané Garrincha, tivesse a capacidade para 72 mil assentos.

     

    Havia, no entanto, uma segunda opção, que seria a de reduzir a capacidade do estádio para 40 mil assentos, caso Brasília não fosse indicada como sede da abertura do mundial.

     

    Aliás, o então candidato ao governo do Distrito Federal, o senhor Agnelo Queiroz, prometeu na campanha eleitoral de 2010 que caso fosse eleito governador e Brasília não fosse indicada como sede da abertura da Copa de 2014, ele próprio determinaria que a obra do estádio teria sua capacidade reduzida para 40 mil assentos.

     

    Antes do anúncio da Fifa, em 2010, o contrato de construção da nova arena fora assinado, no valor de R$ 676 milhões, e já previa a capacidade para 72 mil torcedores.

     

    Hoje, dois anos após essa assinatura, estima-se que o preço final da obra ficará próximo a R$ 1,2 bilhão. Por outro lado, o orçamento estimado para construir o estádio com capacidade de 40 mil assentos era de R$ 350 milhões.

     

    No inicio de 2011, a FIFA definiu que Brasília não seria sede da abertura dos jogos da Copa de 2014.

     

    Qual deveria ser, então, a decisão do governador Agnelo Queiroz que todos esperavam, a mais correta, visando o interesse público? Naturalmente mandar reduzir a capacidade do Estádio Mané Garrincha para 40 mil assentos, reduzindo os custos da obra em aproximadamente R$ 800 milhões.

     

    Uma diferença gigantesca de orçamento que poderia estar sendo utilizada na educação, saúde, segurança e infraestrutura, principalmente nas cidades mais carentes e que hoje sentem o abandono por parte do Estado.

     

    Este governo, definitivamente, não está preocupado com os diversos problemas que afligem a população do Distrito Federal. Não tem programa e muito menos um projeto de Governo. Apenas dá continuidade às obras e projetos do governo anterior. Não tem critério e não estabelece prioridades.

     

    É uma gestão sem transparência, que está completamente afastada dos interesses do povo. E o mais lamentável: sem demonstrar o mínimo compromisso em retomar o desenvolvimento do Distrito Federal. 

     

     

    * Márcio Machado é engenheiro, ex-secretário de Obras do DF e presidente do PSDB-DF.

    LEAVE A REPLY

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Deve ler