O posicionamento político do governador do DF, Rogério Rosso, neste momento, gera perplexidade, prenunciando o seu afastamento do PMDB e do PT, principais partidos que apoiaram a sua eleição indireta pela Câmara Legislativa.
O ex-presidente da Adasa, Davi de Matos, que assumiria hoje a Secretaria de Obras do DF por indicação do presidente do PMDB-DF, deputado Tadeu Filippelli, abortou repentinamente a posse, depois que se soube da criação de um Comitê de Obras, a ser dirigido pela vice-governadora Ivelize Longhi.
Causou choque nos aliados, também, a nomeação do procurador Inácio Magalhães, ligado historicamente ao ex-governador Joaquim Roriz, para conselheiro do Tribunal de Contas do DF.
O ex-presidente do PT-DF, Chico Vigilante, disse que foi surpreendido por essa decisão do governador, pois intermediação da própria assessoria política do Palácio do Planalto defendia o nome de outro procurador, Demóstenes Albuquerque, que tinha também o apoio de Filippelli.
A possível reaproximação de Rosso com Roriz surpreende seus aliados de primeiro momento, mas era previsível, pela ligação que este tem com Liliane Roriz, filha do ex-governador.
A nomeação de Takani Kiyotsuka para secretário do Trabalho também representa interesses do Roriz, a quem este sempre foi ligado. No governo Arruda, Takani foi administrador de Samambaia por indicação da distrital Jaqueline Roriz.
No momento, há situação de observação em relação ao que está acontecendo, mas a próxima semana revela-se como promissora em matéria de crise política no DF. Se perder o apoio do PT e do PMDB, Rogério Rosso pode ter dificuldade para manter as condições de governabilidade, o que reforçará o risco de intervenção federal.
Fonte: blog do Riella