Tribunal de Moscou determinou que Antonina Favorskya fique detida por mais dois meses enquanto acusações de colaborar com uma comunidade extremista são investigadas
A organização Repórteres Sem Fronteiras cobrou a libertação imediata de Favorskaya e condenou a “intimidação inaceitável” das autoridades russas contra jornalistas.
Nesta sexta-feira (29) um tribunal de Moscou determinou, em uma audiência a portas fechadas, que Favorskaya ficasse detida até 28 de maio, enquanto se aguarda a investigação sobre as acusações.
De acordo com o Comitê de Proteção a Jornalistas, ela disse no tribunal que acreditava ter sido processada por escrever sobre Navalny, especificamente por uma reportagem de 6 de março intitulada “Como Alexei Navalny foi torturado pelo tribunal e pelo Serviço Penitenciário Federal”.
Antonina Favorskaya cobriu o caso do opositor de Vladimir Putin desde que ele foi preso, em 2021, depois de voltar da Alemanha recuperado de um envenenamento, e acompanhou quase todas as audiências.
A últimas imagens mostram Navalny em bom estado de saúde. A morte, no dia seguinte, teria sido por causas naturais, segundo as autoridades russas.
A segunda detenção da jornalista aconteceu na noite de 27 de março na saída do centro de detenção especial de Sakharovo, onde havia cumprido os dez dias por desobediência, sem chegar a deixar a custódia policial.
Segundo a imprensa independente russa, após a prisão a casa de Favorskaya foi revistada duas vezes, e pelo menos quatro outros jornalistas que acompanhavam o caso foram detidos, com um deles agredido.
*Com informações de mediatalks.com.br