Lula sugeriu que o crescimento da oposição — falsamente rotulada como “extrema-direita” — seria sinal de que os “democratas erraram”, de que a “esquerda errou”. Essa rotulagem não é inocente: trata-se de uma estratégia para deslegitimar a oposição e, ao mesmo tempo, mascarar o seu próprio extremismo.
Lula insiste que o verdadeiro erro é tentar “contentar a imprensa ou o mercado”. Mas a lógica da democracia é justamente a busca de consensos dentro de um ambiente de liberdade política, onde diferentes visões de mundo são representadas por meio de eleições regulares e livres, sempre respeitando regras e direitos fundamentais de TODOS.
O conceito de “democracia” de Lula é, na verdade, herdeiro da tradição totalitária da esquerda revolucionária: só existe “democracia” quando os socialistas concentram poder e esmagam qualquer oposição — exatamente o que vemos hoje no Brasil. Para esse grupo, “democracia” nada mais é do que a hegemonia da esquerda no poder — em outras palavras, uma ditadura.
Não por acaso, trata-se do mesmo roteiro seguido pela União Soviética, China, Cuba, Venezuela e outros regimes que a esquerda lulista idolatra como modelo. Foi com esse objetivo que Lula fundou o Foro de São Paulo, ao lado de Fidel Castro: “recriar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu” após a queda do Muro de Berlim.
Essa postura não surpreende. Lula e o PT sempre tiveram caráter revolucionário, e só não consolidaram uma ditadura plena até hoje por não contarem com as chamadas “condições objetivas”, no jargão comunista.
O que surpreende, de fato, é que ainda haja quem não tenha percebido essa realidade.
Leandro Ruschel