Conforme apurado pela reportagem, Caio Ericson é funcionário comissionado do Senado Federal. Ele está lotado no gabinete do senador Lucas Barreto, do Partido Social Democrático do Amapá.
Mello trabalha como auxiliar parlamentar sênior. De acordo com o Portal da Transparência, ele tem remuneração média de R$ 11.245.
A reportagem tenta contato com a assessoria de imprensa do Senado Federal e também com a do parlamentar citado.
“Ele disse que não se recorda do acidente, negou ter ingerido bebida alcoólica e disse estar tomando um remédio”, contou.
Segundo o homem de 32 anos relatou na oitiva, ele teria tido um apagão enquanto dirigia. “Falou que se recorda muito bem de estar em um restaurante e só”, disse o delegado.
Apesar de dizer que usa remédio controlado, o responsável pelo acidente não informou qual é o componente ingerido. “Isso vai ser analisado: ver se tem receita ou não. Podemos pedir para os advogados colocarem isso nos autos”, explicou o investigador.
O motorista do VW Up! que atropelou Paula Thays Gomes Oliveira, 18 anos, e Douglas Gonçalves dos Santos, 20, se apresentou à polícia na tarde desta terça-feira (18/8). Acompanhado de dois advogados, ele foi prestar esclarecimentos sobre o caso.
Sem falar com a imprensa, os representantes dele, Ana Carolina Alipaz e Eraldo Clemente, deram a versão do condutor. Segundo eles, o homem é da área de administração e teve “um apagão” durante o acidente.
Outro fator apontado pelos defensores foi o atual estado emocional do causador do acidente. Segundo eles, o motorista também passa por um divórcio e está em tratamento psicológico, inclusive tomando remédios.
Ele prestou depoimento na 10ª DPIgo Estrela/Metrópoles
Advogado Eraldo ClementeIgo Estrela/Metrópoles
Motorista envolvido em acidente se apresenta na 10ª DPIgo Estrela/Metrópoles
Segundo a defesa, o condutor alega ter sofrido um “apagão”Igo Estrela/Metrópoles
Ele fugiu após o crimeIgo Estrela/Metrópoles
Ele chegou na unidade policial acompanhado dos advogadosIgo Estrela/Metrópoles
Ele prestou depoimento na 10ª DPIgo Estrela/Metrópoles
Paula está internada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e segue em estado gravíssimo. Ela precisou amputar a mão esquerda e passou por uma mastectomia bilateral.
A vítima, arrastada por cerca de 4 quilômetros pelo veículo, teve múltiplas escoriações no tórax, coxa, joelho, mão e pé. Ela chegou ao hospital com alguns dedos dilacerados e múltiplas fraturas expostas. Precisou ser entubada.
O carro do responsável pelo atropelamento estava em uma oficina e foi apreendido pelos investigadores. A informação sobre a localização do automóvel foi repassada pela família do condutor, que colabora com a investigação.
Paula Thays e DouglasRedes sociais/Reprodução
O motorista do carro envolvido se apresentou na tarde desta terça (18/8)Rafaela Felicciano/Metrópoles
A 10ª Delegacia de Polícia cuida do casoRafaela Felicciano/Metrópoles
O carro que atingiu o casal no Lago Sul estaria disputando um rachaRafaela Felicciano/Metrópoles
Local onde ocorreu o acidenteRafaela Felicciano/Metrópoles
Ambos foram encaminhados para o Hospital de BaseMike Sena/Especial para o Metrópoles
CBMDF foi acionado para a ocorrênciaRAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES/FOTO ILUSTRATIVA
Jovem foi encontrada a 4 km do local da colisão com fratura exposta no braço esquerdoCBMDF/ Divulgação
Paula Thays está internadaRedes sociais/Reprodução
Paula Thays e DouglasRedes sociais/Reprodução
O motorista do carro envolvido se apresentou na tarde desta terça (18/8)Rafaela Felicciano/Metrópoles
1O casal estava em uma motocicleta conduzida por Douglas Gonçalves dos Santos, 20 anos. Após ser socorrido, Douglas foi ouvido por agentes da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). “Eu vi o carro, era um Volkswagen Up! branco, e tinha mais outro [veículo]. Pareciam estar apostando um racha”, contou à reportagem.
Ao Metrópoles, ele descreveu os momentos de desespero que passou ao ver a namorada ser arrastada pelo automóvel.
“Eu lembro de tudo. Estávamos voltando do McDonald’s, quando vi um pardal na minha frente e reduzi. Quando olhei o retrovisor, só deu para ver o farol do carro se aproximando. Não tive tempo para reagir”, conta.
Atingidos em cheio
A motocicleta com o casal foi atingida em cheio pelo veículo que vinha logo atrás. “Senti a pancada na traseira da moto, quando vi estava debaixo do carro e ele passando em cima das minhas pernas”, descreveu Douglas.
Caído no chão, o jovem viu Paula ser arrastada pelo veículo.“Ficou grudada no capô do carro, foi arrastada. Ficou toda ensaguentada, cortada, e uma parte do peito foi arrancada”, lamentou.
Douglas temeu pela vida da companheira. “Só pensava que não ia andar mais, mesmo depois de ser atropelado, saí procurando ela, olhei no mato, olhei para todos os lados e não achava. Desesperador”, resumiu.
A dificuldade em localizar Paula se deu pelo fato de o carro tê-la arrastado por 4 quilômetros. “[Paula] Corre risco de morte, teve até que amputar uma mão. Eu fiz os exames que apontaram lesões no músculo, mas não quebrei nenhum osso”, afirmou Douglas.