Ele foi diretor do Departamento de Trânsito do Distrito Federal de 1995 a 1999
Valquíria Cunha
Na manhã desta segunda-feira (17), morreu, em decorrência de um câncer, o ex-diretor do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Luis Riogi Miura. Ele lutava contra a doença há anos. Miura tinha 71 anos, casado com Catharina Shisuka Fukushima, pai de três filhos e morador apaixonado de Taguatinga. Psicólogo de formação, era servidor aposentado do Detran desde fevereiro de 2000.
Miura foi um dos principais apoiadores da Campanha Paz no Trânsito, lançada em 1996 no DF, em parceria com o Batalhão de Trânsito (BPTran) e o jornal Correio Braziliense. Iniciada em 1º de abril de 1997, a campanha de respeito à faixa de pedestres foi implantada e aumentou o rigor da fiscalização nas travessias. A ação contou com a participação atuante de Miura.
Em entrevista concedida ao Correio Braziliense à época, o ex-diretor afirmou que era possível identificar diversos problemas no trânsito do Distrito Federal, mas não tinha como provar, pois faltavam dados estatísticos, bem como faltavam também, investimentos em carros e pessoal para a fiscalização. Diante disso, o então diretor ampliou a sistematização das informações sobre acidentes e vítimas, dobrou o efetivo de agentes de trânsito e de viaturas operacionais.
Para o atual diretor-geral do Detran-DF, Zélio Maia, Luis Miura deixou um legado inigualável para o trânsito do Distrito Federal: “Um dos grandes aprendizados que o Miura nos deixa é que o trânsito precisa ser mais humano. Ele pensava muito na vida das pessoas no trânsito e atuava no sentido de protegê-las. Miura sempre esteve à frente do seu tempo, visionário e corajoso, ele criou, participou e apoiou ações extremamente importantes para a história do trânsito do DF e de outros Estados. A ele, o nosso eterno muito obrigado”, finalizou Zélio.
Cerimônia de cremação
O corpo será cremado em cerimônia privada, nesta terça-feira (18), em Valparaíso.