Apesar das acusações, os envolvidos no Mensalão do DEM não são impedidos de concorrer pela Lei da Ficha Limpa porque ainda não houve condenações sobre o caso. De acordo com a lei, apenas a condenação por decisão colegiada deixa um político inelegível.
O distrital Geraldo Naves (DEM) chegou a ficar preso por cerca de 60 dias por tentativa de suborno de uma das testemunhas do “mensalão do DEM”. Foi preso com outras cinco pessoas, dentre elas o ex-governador José Roberto Arruda, acusado de tentar subornar uma testemunha da Operação Caixa de Pandora, o jornalista Edson Sombra, para que mudasse o depoimento à Polícia Federal.
Naves entregou um bilhete escrito por Arruda a Sombra e acabou arrolado ao caso. A mensagem, que continha, entre outras frases, a expressão “quero ajuda”, foi interpretada como tentativa de suborno.
Naves negou mais uma vez a denúncia e disse não temer que o envolvimento no caso atrapalhe o plano de reeleição. “Onde eu vou recebo manifestações de carinho”, garantiu. Ele pediu segunda-feira ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) o registro para tentar permanecer na Câmara Legislativa.
Outros quatro deputados distritais citados como beneficiários do “Mensalão do DEM” também tentarão a reeleição à CLDF. São eles: Benedito Domingos (PP), Aylton Gomes (PR), Rôney Nemer (PMDB) e Benício Tavares (PMDB). Dois suplentes também buscam uma cadeira no Legislativo do DF, Berinaldo Pontes (PP) e Pedro do Ovo (PRP). Todos são citados em conversas interceptadas pela PF como possíveis recebedores do dinheiro do esquema, mas negam as acusações.
O ex-corregedor Roberto Giffoni é mais um citado na Caixa de Pandora que tenta conseguir no voto se manter na política. Ele é investigado pela suspeita de ter recebido pelo menos R$ 280 mil de propina – algo que nega veementemente.
Leia mais no Jornal de Brasília desta quarta-feira.